Equipes da Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA) e da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) continuam a remoção das alfaces-d’água, plantas aquáticas que se acumularam em diversos pontos do Lago Igapó nas últimas semanas. O trabalho de limpeza já dura mais de dez dias e deve se estender pelos Lagos 3 e 4. Além da remoção física, a chuva recente mudou a coloração da água para tons mais marrons, ajudando a reduzir a concentração de micro-organismos que causavam o tom esverdeado e a proliferação de algas.
O professor de Engenharia Ambiental e Sanitária da UTFPR, Orlando de Carvalho Júnior, responsável pelo monitoramento do Lago Igapó, confirmou a melhora visual: "Teve uma melhora visual, sim. A chuva ajudou a lavar a quantidade de cianobactérias que estavam causando a eutrofização". Ele alertou, no entanto, que, sem chuvas, o lago pode voltar ao tom verde. O monitoramento feito pela UTFPR em parceria com a SEMA, via Índice de Qualidade da Água (IQA), indica que o lago se mantém entre as classificações irregular e ruim devido à eutrofização.
O professor Orlando explica que a eutrofização resulta de fatores como seca prolongada e esgoto clandestino lançado no Ribeirão Cambé, que deságua no lago. "Detectamos esgoto vindo da região da Gleba. A SEMA acionou a SANEPAR para corrigir o problema", afirmou. Ele reforça que, para evitar a reincidência, é essencial identificar e eliminar fontes de poluição. "O Lago Igapó é um espaço importante para a cidade e precisa ser cuidado", destacou.