O Ministério Público pediu que a investigação sobre o confronto que matou Wender Natan da Costa Bento, de 20 anos, e Kelvin Willian Vieira dos Santos, na zona oeste de Londrina, seja transferida para os promotores de justiça da cidade. O caso aconteceu no dia 15 de fevereiro deste ano.
Na manifestação, o Ministério Público afirmou que não cabe à justiça militar analisar o mérito da abordagem, das circunstâncias e da forma como tudo aconteceu. O órgão reconhece que pode haver ou não excludente de ilicitude, ou seja, os militares podem ser punidos dependendo da avaliação que apura a legítima defesa, como relatado no boletim. Com isso, o caso foi transferido para o Tribunal do Júri de Londrina.
O jovem e o adolescente trabalhavam em um lava-rápido e, segundo familiares, tinham ido até uma distribuidora para comprar bebidas; o veículo, um corsa prata, era procurado pela polícia sob suspeita de envolvimento em furtos registrados nas zonas oeste e norte da cidade.
A abordagem ocorreu por volta das 22h30 na Rua Belmiro de Oliveira, no Jardim Santiago. De acordo com a Polícia Militar, houve trocas de tiros no local. O 3º Comando Regional da Polícia Militar concluiu que os agentes agiram em legítima defesa, dentro do que é previsto na conduta da corporação.
O inquérito militar apontou indícios de crime, mas nenhuma transgressão disciplinar por parte dos policiais envolvidos.