Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal de Ponta Grossa quer que a Sanepar pague uma multa de R$ 12,5 milhões devido à recorrente falta de abastecimento de água, especialmente entre os meses de fevereiro e março de 2025.
De acordo com a CPI, embora a Sanepar tenha alegado a realização de cortes programados para a execução de obras, a empresa teria descumprido o contrato e omitido informações relevantes sobre os serviços. Com mais de 372 mil habitantes, a cidade enfrentou uma das maiores crises hídricas da história do Paraná, deixando a maioria da população sem água por vários dias.
Durante esse período, longas filas se formaram em bicas públicas, diversos estabelecimentos comerciais foram obrigados a fechar as portas, cirurgias foram adiadas e escolas suspenderam as aulas por falta de água. A CPI aponta ainda que a obra classificada pela Sanepar como emergencial já deveria ter sido concluída há mais de 10 anos, conforme estabelecido no plano de saneamento do município de Cascavel.
Além da aplicação da multa, a CPI também recomendou que a Sanepar seja processada criminalmente. Em nota, a empresa afirmou que os problemas foram agravados pelo aumento do consumo durante as fortes ondas de calor, e declarou que obras estão em andamento para ampliar a capacidade da rede de abastecimento em Ponta Grossa.