A história do incêndio em Cascavel, que deixou Juliane Vieira, sua mãe Sueli e o pequeno Pietro com queimaduras, reacende dúvidas sobre quando e como pacientes são transferidos para unidades especializadas.
No caso de Juliane, após o incêndio no apartamento do último andar, ela foi inicialmente levada ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), em Cascavel, onde recebeu o atendimento emergencial. Essa primeira fase é crucial, pois garante estabilização, controle de dor, limpeza das queimaduras e monitoramento das funções vitais.
Quando o paciente está estabilizado, é feita uma avaliação detalhada da gravidade dos ferimentos. Caso seja necessário atendimento especializado, a equipe solicita uma vaga em uma unidade de referência, no caso de queimaduras graves, o chamado “click” direciona a transferência. Assim que a vaga surge, o paciente é levado à ala especializada.
Juliane foi transferida para o Hospital Universitário de Londrina, onde uma nova avaliação confirmou queimaduras em 63% do corpo. Para pacientes com queimaduras extensas, o tempo estimado de recuperação geralmente é de cerca de um dia para cada 1% de superfície corporal afetada, mas cada caso é avaliado individualmente.
Um ponto que gera dúvidas é que, muitas vezes, pacientes com queimaduras graves chegam conscientes e conversando. Isso ocorre porque, apesar das lesões extensas, o atendimento inicial e a estabilização permitem que estejam conscientes, embora ainda precisem de cuidados intensivos para prevenção de infecções e tratamento das lesões.