A família de uma adolescente de 15 anos denunciou outra menor de idade por cyberbullying em um colégio estadual da zona leste de Londrina.
Em mensagens ofensivas, a adolescente chama a vítima de "infantil", "ingênua" e "inocente"; além disso, a menor diz que não pode pagar os custos da vítima durante passeios; em outras situações, outras mensagens falam sobre um trabalho de escola, quando a vítima diz que não vai à aula. Os ataques afetaram a jovem, que perdeu a vontade de ir à escola.
Preocupada, a família procurou a direção da escola e fez uma denúncia formal à equipe pedagógica; nas mensagens, o diretor afirmou que eram “coisas de adolescente” e que o colégio não poderia intervir, pois o caso não ocorreu dentro da unidade.
Segundo os familiares, o professor de filosofia, responsável pela disciplina de ética e valores, foi orientado a falar sobre o tema em sala, mas acabou expondo as duas adolescentes. A família decidiu pedir transferência da estudante e ingressou com processo judicial contra a instituição por omissão, violência psicológica e humilhação.
O cyberbullying é a forma virtual do bullying, caracterizado como assédio digital por intimidações ou ofensas em redes sociais, e é crime no Brasil. A legislação busca responsabilizar os agressores e proteger as vítimas.
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Assim que recebeu as informações da família da aluna, a direção do Colégio Estadual Benedita Rosa Rezende acionou os familiares das envolvidas e encaminhou o material à Ouvidoria do Núcleo Regional de Educação de Londrina, que está dando o devido andamento.
A equipe pedagógica trabalha constantemente para prevenir o bullying no ambiente escolar, promovendo palestras e outras ações educativas que abordam a importância do respeito mútuo entre os estudantes.