O Grupo Tarobá de Comunicação recebeu de leitores e telespectadores vídeos e denuncias do que parecia ser um “enxame” de formigas gigantes e voadoras na área central e região oeste de Londrina.
Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal do Ambiente (SEMA), que afirmou ser comum o aparecimento desses insetos nesta época do ano. Essas formigas são da espécie tanajura ou içá, que é a fêmea da saúva. “É a fêmea na época do acasalamento das formigas saúvas. É normal nessa época do ano, nas primeiras chuvas”, explicou o biólogo Jonas Henrique.
Essa espécie de formiga cria assas somente no período de acasalamento. Durante o voo, acontece a fertilização. Após o acasalamento, o macho morre. As fêmeas que não acasalam na revoada também morrem. Aquelas que conseguiram se reproduzir, perdem as assas, e no processo de metamorfose, se transforam nas saúvas, que são as formigas cortadeiras.
“Alguns povos tradicionais até usam para alimentar. No Norte eles fazem farofa com ela, não é venenosa”, afirmou Jonas. A tanajura tem alto valor nutricional. No nordeste brasileiro, elas são servidas torradas, podem ser consumidas como se fosse amendoim, em paçoca com farinha de mandioca ou de milho, entre outros. A tradição foi passada pelos índios brasileiros, e ainda se mantém viva geração após geração.