A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMA) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) se reuniram na tarde desta sexta-feira (12) para discutir a atual situação do esverdeamento das águas do Lago Igapó, em Londrina.
O encontro aconteceu em um dos auditórios do campus da UTFPR, localizado na zona leste da cidade, e contou com a presença do secretário Gilmar Domingues Pereira, além de professores do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da universidade.
Durante a reunião, os especialistas apresentaram análises feitas com base em coletas recentes de água do lago e discutiram possíveis causas e soluções para o problema, que tem chamado a atenção da população e preocupado ambientalistas.
Já o professor Orlando Carvalho, que realiza o monitoramento da qualidade da água para fins acadêmicos, comentou os dados obtidos na última coleta, realizada na semana passada. As análises apontaram alterações significativas: ''O indicativo que nós quantificamos até o momento que pode ter ocasionado esse fenômeno foi fósfora, que pode ter diversas fontes como o lançamento indevido de efluentes ou a própria remoção do fósforo no sedimento dos lagos''.
Outro ponto levantado foi a identificação das algas responsáveis pelo esverdeamento. Segundo o professor Rodrigo Torres, a espécie encontrada é comum no Lago Igapó, mas a quantidade observada atualmente está fora dos padrões normais. Ele ressaltou que a recomendação, neste momento, é evitar qualquer tipo de contato com a água, como banhos e atividades de lazer, por precaução quanto à possibilidade de efeitos tóxicos. ''Segundo a identificação que foi feita especificamente de que organismo é, existem evidências que sugerem que ele pode gerar um comprometimento tóxico digamos assim''.
Todo o material técnico discutido será encaminhado à equipe da SEMA, que agora deve avaliar estratégias para mitigar o problema. Segundo a secretaria, também será analisado o impacto financeiro que essas medidas podem gerar para o município.
Além disso, há preocupação com a vida aquática do lago. A secretaria quer evitar episódios de mortandade de peixes, como já ocorreu em outras situações semelhantes. O secretário de Meio Ambiente, Gilmar Domingues Pereira, informou que a equipe técnica da SEMA avalia diferentes alternativas para conter o esverdeamento. Segundo ele, existe a possibilidade de realizar a remoção das algas de forma mecânica ou até mesmo com o uso de produtos químicos.