Na manhã desta terça-feira (13), a justiça do Paraná emitiu uma liminar que determina o funcionamento dos CEIs (Centros de Educação Infantil) Filantrópicos em Londrina, mesmo com a greve deflagrada pelos professores.
A categoria dos professores iniciou a paralisação das atividades a partir desta terça-feira (13). A motivação central da decisão é a reivindicação de reajuste salarial, de modo que os valores se aproximem com o que é recebido por professores concursados da rede municipal.
Segundo o Sinpro (Sindicato dos Professores), das 63 CEIs da cidade, 43 estão fechadas. Na liminar, o município diz que mesmo com diálogos, o Sinpro manteve a decisão da paralisação e instiga os profissionais contratados pelas Organizações da Sociedade Civil a reivindicar melhorias salariais, ameaçando a paralisação dos trabalhos com pretensão de impedir o acesso aos locais, aulas e atividades.
Para a prefeitura, o movimento não é legítimo, já que não houve demonstração de deliberação pela Assembleia-Geral da entidade quanto às reivindicações e sobre a própria greve, além disso, o município também pontua que o sindicato não comunicou sobre a paralisação dos serviços essenciais com a antecedência mínima de 72 horas, como previsto pelo art. 13 da Lei n. 7.783/89.
Segundo o sindicato, não houve reajuste na data-base, em janeiro. Após mobilização das professoras no mês passado, a prefeitura iniciou negociação e assumiu o compromisso de retornar com propostas; na última quinta-feira (08), o município convocou a categoria, mas não apresentou uma nova proposta e por isso, as professoras decidiram pela paralisação a partir desta terça-feira (13).
O sindicato ainda explica que a categoria não pede a equiparação completa de salários com os professores concursados, que recebem cerca de R$ 4,8 mil mensais; as professoras dos CEIs filantrópicos recebem R$ 2,2 mil por mês e exigem a redução da diferença nos salários. Como o município informou que para este ano não há possibilidade por conta do orçamento, a categoria pede o compromisso com propostas completas de escalonamento nos próximos anos, para que os salários não tenham a diferença de hoje, que chega a 80%.
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