Uma cena chocante registrada por uma câmera de segurança revoltou moradores da Vila Tânia Mara, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Na manhã da última sexta-feira (9), uma cachorra sem raça definida, chamada Ágata, foi atropelada por um caminhão da empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), responsável pela coleta de lixo da cidade. Em seguida, sem verificar se o animal ainda estava vivo, um dos coletores lançou o corpo da cadela no triturador do caminhão.
Já nesta terça-feira (13), a empresa Ponta Grossa Ambiental anunciou que ambos os funcionários foram afastados, e a Polícia Civil os indiciou por crime ambiental. De acordo com a polícia, o coletor, de 24 anos, foi responsabilizado por ter jogado a cachorrinha no compactador do caminhão, enquanto o motorista, de 29 anos, foi indiciado pelo atropelamento do animal e pela omissão de socorro.
O acidente foi registrado por câmeras de segurança, e segundo o delegado responsável pelo caso, as ações dos envolvidos impediram qualquer tentativa de socorro ou verificação se a cachorra ainda estava viva, o que também pode configurar o crime de maus-tratos.
Em depoimento, o coletor afirmou que acreditava que Ágata já estava morta, devido ao estado do corpo após o atropelamento. A empresa ressaltou que, em casos de atropelamento de animais, o protocolo determina que um fiscal da empresa deve ser acionado para avaliar a situação.
O inquérito policial foi concluído e encaminhado à Justiça, que dará prosseguimento ao caso.