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TJPR considera greve de professoras em Londrina ilegal e determina suspensão

16 mai 2025 às 20:58

O Tribunal de Justiça do Paraná determinou a suspensão da greve das professoras de instituições filantrópicas em Londrina. A paralisação entrou no quarto dias nesta sexta-feira (16). O documento assinado pelo desembargador Carlos Mansur Arida indica que o Sinpro (Sindicado dos Professores) não está cumprindo a exigência de funcionamento essencial dos CEIs (Centros de Educação Infantil), mesmo após decisão judicial.

 

A pedido da Prefeitura, uma liminar expedida na última terça-feira (13), ainda no primeiro dia de greve, determinava que pelo menos 60% das professoras deveriam seguir trabalhando, para que a paralisação fosse considerada legal.

 

De acordo com a decisão do TJ, o município apresentou imagens demonstrando que parte do CEis estavam sem nenhum atendimento , demonstrando que a ondem não estava sendo cumprida. Segundo a decisão, “não só há probabilidade do direito, como perigo de dano grave ao serviço público de educação infantil, o que afeta crianças de 0 a 5 anos, incluindo crianças deficientes e de grupos vulneráveis e seus familiares.”

 

Exigências e propostas 

 

A principal motivação para a greve é o reajuste salarial dos professores e a disparidade de valores entre as profissionais das unidades filantrópicas e as professoras concursadas.

 

Em Londrina, existem dois tipos de instituições que atendem a rede municipal de ensino. Os CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e os CEIs, que são administrados por entidades filantrópicas e mantém um acordo de cooperação com a Prefeitura. Os professores que trabalham nos CMEIs são concursados e recebem R$ 4,8 mil. Segundo o sindicato, os professores das instituições filantrópicas ganham R$ 2.190.

 

Na manhã desta sexta, foi realizada uma nova reunião mediada pelo Ministério Público, entre os representantes do Sinpro, sindicatos patronais, representantes da prefeitura e líderes do governo Os sindicatos que representam as entidades apontaram uma reposição salarial de 4,77% para este ano, referente a inflação, além de outros 5%, sendo 3% deve ficar a cargo do município e 2% das entidades. Para 2026 e 2027, o reajuste seria de 10%. Já a proposta apresentada pelo Sinpro indica que os reajustes para os anos seguintes, seria de 15% para 2026 e 2027. 

 

Após os diálogos, o Sinpro informou que as propostas serão avaliadas, mas que, por enquanto, a greve está mantida.