Um dos projetos mais notáveis da Feira das Profissões de Cascavel, realizada no Centro de Eventos, foi a pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) que promete mudar o tratamento de pacientes com perdas cranianas. O trabalho, desenvolvido no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), consiste na criação de próteses cranianas de baixo custo feitas com polimetilmetacrilato (PMMA) em impressoras 3D. A apresentação, liderada por Filipi da Silva Araújo, acadêmico de Medicina, atraiu a atenção de estudantes e visitantes.
A inovação surge como uma alternativa às próteses tradicionais de titânio ou PEC, cujo custo elevado — entre R$ 100 mil e R$ 200 mil — dificulta o acesso pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O novo método se destaca pela agilidade e personalização. A partir de uma tomografia, a equipe projeta uma peça sob medida que pode ser impressa em até 24 horas, reduzindo a espera por cirurgias e melhorando significativamente a qualidade de vida de pacientes que, muitas vezes, vivem apenas com a pele cobrindo o cérebro.
O projeto, que realizou as primeiras cirurgias em abril de 2025, é um exemplo do papel da universidade pública para além da sala de aula. A iniciativa da Unioeste, que tem mais de 60 cursos em seus cinco campi, demonstra como a pesquisa e a extensão se unem para gerar um impacto social direto. A Feira das Profissões serviu como uma vitrine para a instituição, mostrando que a ciência pode, de fato, contribuir para transformar vidas, atraindo a atenção de jovens como Rafaele Segatti Argenti, que se encantou com o projeto e com o potencial da universidade.