A vereadora e presidente da ADA (Associação Defensora dos Animais) Anne Moraes (PL), entrou na Justiça pedindo que a promotora de Meio Ambiente responsável pela investigação contra a entidade, Revia de Paula Luna, fosse afastada do caso, alegando que ela não estava sendo imparcial.
Anne alegou que a promotora seria próxima de um vereador
que é adversário político dela. No pedido, a presidente
da associação alega ainda que a promotora teria dado informações à imprensa
sobre a operação de busca e apreensão realizada em dezembro de 2024 e teria
causado prejuízos à sede da associação por conta dessa operação.
O juiz responsável pelo caso, João Henrique Ortolano, da 5ª
Vara Criminal de Londrina, analisou as acusações e decidiu rejeitar o pedido da
vereadora, ou seja, manteve a promotora no caso. De acordo com a decisão, não
houve provas de que a promotora tenha agido fora da lei ou de forma parcial. Ainda
de acordo com o juiz, a divulgação da operação na imprensa não foi feita pela
promotora, mas possivelmente pela própria presidente da ADA em redes sociais. Sobre
a relação com o vereador citado, a decisão diz que não existe prova qualquer de
influência indevida na investigação.
Por fim, o juiz concluiu que não havia motivo legal para
afastar a promotora e que o pedido de Anne não tinha base suficiente em provas
ou na lei.
INVESTIGAÇÃO
No último dia 22 de abril,
a vereadora Anne Moraes foi intimada pela Justiça para entregar documentos que
justifiquem a movimentação financeira a entidade. A liminar determinou também que a associação
fique sob a responsabilidade da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e
Urbanização).
A decisão é referente a
uma ação do Ministério Público, aberta em 2019. De acordo com a promotora,
foram dadas inúmeras oportunidades para que a presidente da associação
regularizasse as situações. Além disso, foi sugerido que não fossem aceitos
mais animais, o que também foi descumprido.
Em dezembro, uma operação
verificou denúncias sobre animais enterrados de forma irregular em uma
propriedade rural no distrito da Warta, onde fica situada a sede da ADA,
administrada pela vereadora Anne Moraes. No local, os fiscais fizeram
escavações para localizar os corpos de animais enterrados irregularmente.
A liminar determina ainda
que Anne tem no máximo 10 dias, a partir da intimação, para entregar extratos
bancários e relatórios financeiros.