Todos os locais
Todos os locais
Economia
Brasil

Proposta de Orçamento prevê pequeno superávit de R$ 3,7 bi em 2025

Valor desconsidera pagamento de R$ 44,1 bi em precatórios atrasados
01 set 2024 às 17:46
Por: Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado na sexta-feira (30) à noite ao Congresso Nacional, prevê um pequeno superávit primário de R$ 3,7 bilhões, equivalente a 0,03% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas). O valor, no entanto, desconsidera o pagamento de R$ 44,1 bilhões em precatórios atrasados.


Caso os precatórios (dívidas judiciais com sentença definitiva) entrassem no cálculo, o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – teria déficit primário de R$ 40,4 bilhões (0,33% do PIB) em 2025. No fim de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a exclusão do cálculo da meta de resultado primário os pagamentos de precatórios parcelados por uma emenda constitucional de 2021.


O resultado primário representa o déficit ou superávit nas contas do governo sem os juros da dívida pública. Enviado ao Congresso em abril, o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 estabelece resultado primário zero (nem déficit nem superávit) para o próximo ano, com o Orçamento seguindo essa meta. O novo arcabouço fiscal permite uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual, podendo variar entre 0,25 de déficit e 0,25 de superávit em 2025.


Para cumprir a meta de zerar o déficit, a mensagem presidencial enviada com o projeto de lei prevê que o governo continuará com medidas que busquem revisar benefícios fiscais à população mais rica. O governo também continuará a revisar gastos. Na última quarta-feira (28), os Ministérios da Fazenda e do Planejamento detalharam as medidas para diminuir os gastos obrigatórios em R$ 26 bilhões no próximo ano.


Em relação às receitas, a mensagem presidencial citou medidas em votação ou já aprovadas pelo Congresso. Os destaques são a Medida Provisória 1.227, enviada em junho, que limita o aproveitamento de benefícios fiscais e obriga as empresas a detalharem à Receita Federal os incentivos utilizados, e a Lei 14.873/2024, que limitou as compensações tributárias, devoluções de tributos supostamente pagos a mais pelas empresas.


O texto também destaca leis que entraram em vigor no ano passado, mas que continuarão a aumentar a arrecadação em 2025, como a restituição do voto de desempate a favor do governo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e a recuperação de créditos tributários por meio do mecanismo de transações tributárias, negociações especiais entre o governo e empresas devedoras.

Veja também

Relacionadas

Economia
Imagem de destaque

AGU pede bloqueio de bens de mais 14 investigados por fraude no INSS

Economia
Imagem de destaque

Justiça suspende decisão que barrou compra do Banco Master pelo BRB

Economia

Batata, tomate e café moído ficam mais caros e são 'vilões da inflação' de abril

Economia

INSS vai devolver R$ 292,7 milhões por descontos indevidos em benefícios até 6 de junho

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Irmãos morrem em menos de 12 horas em Apucarana e são sepultados no mesmo dia

Cidade
Londrina e região

Preso injustamente: Javali é solto após 43 dias como suspeito de matar avó e neta

Cidade
Londrina e região

Acusado diz que matou avó e neta em Jataizinho após roubar R$ 100

Brasil e mundo
Mundo

Mulher mata 40 criminosos de facção ao dar empadas envenenadas a eles

Cidade
Cascavel e região

Forte chuva e ventania causam estragos nos telhados e coberturas da Ceasa de Cascavel

Podcasts

Podcast PodGuest | EP 9 | Empreendedorismo, marketing e entretenimento | Gabriel d'Avila

Podcast Heróis e Vilões | EP 6 | O Herói Dentro de Nós | Matheus José Vioto

Podcast Café com Edu Granado | EP 11 | A Força da Persistência Empreendedora | Lucas Olivetti

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.