Mais de 8 mil pais de alunos manifestaram o desejo de manter as aulas presenciais em um abaixo-assinado online do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) do Norte do Paraná. As atividades foram retomadas em 54 escolas da cidade, que são associadas ao sindicato, em 19 de outubro após uma liminar concedida pelo TJ.
Porém, na semana passada uma decisão da 1ª Vara da Fazenda Pública de Londrina determinou a suspensão das aulas nas unidades do município. O presidente do Sinepe, professor Alderi Ferraresi, afirma que as escolas serão notificadas neste fim de semana e terão que encerrar as aulas a partir de segunda-feira (7).
As escolas terão que deixar de funcionar com o sistema curricular presencial, mas poderão continuar recebendo alunos para aulas extracurriculares. Ferraresi explicou que cada unidade vai ajustar essa situação conforme sua realidade, ou seja, não tem uma regra fixa para todas.
“De uma forma bem simples. A curricular é a que houve a proposta pedagógica para cada disciplina, já a extracurricular são aulas de reforço ou até aulas de artes, línguas, que não esteja necessariamente ligada ao currículo da escola”, disse.
Recurso para manter as aulas
O sindicato vai entrar com um recurso no Tribunal de Justiça, em que será anexado o abaixo-assinado, pedindo uma nova liminar contra a decisão da 1ª Vara de Londrina. “Entendemos que é possível a escola continuar funcionando regularmente no sistema presencial”, disse Ferraresi.
Em sete semanas após o retorno, apenas quatro alunos testaram positivo para Covid-19 e já estão recuperados. Eles estudam em instituições diferentes e segundo o Sinepe, não foi necessário suspender atividades para os demais estudantes. Atualmente, mais de 6 mil estão frequentando as aulas presenciais.
“As escolas ficaram fechadas e os alunos estressados por quase oito meses. Voltaram e eles tiveram contato com os amigos, foi muito importante para o emocional deles. Queríamos terminar o ano com a moral da tropa elevada, com o aluno em uma situação de satisfação, alegria e conforto. A família que não quis ir para escola está feliz em casa”, concluiu Ferraresi.
As crianças que continuam em casa por conta da pandemia do coronavírus estão recebendo atividades de froma remota.