Educação

Aulas de circo levam o riso e a fantasia para cinco escolas municipais

15 mar 2022 às 07:23

Alunos da Escola Municipal Professor Juliano Stinghen, que fica na zona norte e atende 645 crianças, assistiram na tarde desta segunda-feira (14) uma breve apresentação do projeto de aulas de circo que está em andamento na unidade. Conduzido pelos educadores da Associação Londrinense de Circo (ALC), o projeto é realizado em cinco escolas municipais nesta iniciativa da Prefeitura, executada por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME).

Para conferir o andamento das aulas, a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, foi até a Escola Municipal Prof° Juliano Stinghen acompanhada dos secretários municipais de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada; de Cultura, Bernardo Pellegrini; e o presidente da Fundação de Esportes de Londrina (FEL), Marcelo Oguido.

Nesta escola, participam do projeto cerca de 60 alunos do P4 e 5° ano, que terão aulas o ano inteiro para aprender as diferentes modalidades do circo e desenvolver suas habilidades. São dois encontros por semana, sempre no horário oposto ao turno escolar. Ao final das atividades, eles devem participar de uma apresentação estendida aos pais e familiares, quando irão exibir as acrobacias, manipulações, equilíbrio e demais aprendizados circenses.

Além desta unidade, também recebem aulas de circo as escolas municipais Corina Okano, Maria Cândida Peixoto Salles, Profª Maria Irene Vicentini Theodoro, e Armando Rosario Castelo.

Os projetos culturais e esportivos vão receber, no total, um investimento de R$ 530 mil, por ano, em recursos do Município. Além das aulas de circo, também oferecem aulas de judô, teatro, canto coral e dança, para beneficiar 2.200 alunos de 37 escolas municipais. Os editais de chamamento público foram lançados no final de 2021 pela SME para seleção das entidades parceiras. E as atividades já começaram, no mês de fevereiro.

A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, explicou que a rede municipal contava com apenas uma modalidade de projeto cultural-esportivo, o Um Canto em Cada Canto. “Agora fomos para cinco projetos, em 37 escolas. Isso proporciona momentos maravilhosos de contato das crianças com essas modalidades e estamos muito animados. Tínhamos um investimento em cultura e esporte, nessas parcerias, de R$100 mil por ano; em 2022, fomos para R$500 mil por ano. É uma parceria que envolve a Educação, o Planejamento, Cultura e FEL. A ideia, além de toda a experiência que as crianças vão ter, é que no final do ano a gente produza um grande espetáculo com apresentação de todas as modalidades e, quem sabe, estender para o próximo ou até mesmo ampliar”, adiantou.

Devidamente trajada para receber os artistas circenses e os alunos, a diretora da escola, Ieda Maria Fumagalli Zamuner, contou que a procura dos alunos tem sido muito grande, e vários estudantes aguardam a abertura de novas vagas para integrar o programa. “Escolhemos receber o circo porque é algo que traz muita alegria, para as crianças e para nós. E as crianças estão amando, todos os dias nos procuram para saber se abriu vaga. É o primeiro projeto que recebemos na escola e está sendo um sucesso. Creio que vai ensinar às crianças a ter mais disciplina e solidariedade, porque um ajuda o outro, refletindo na vida pessoal e escolar de todos”, comentou.

A opinião é compartilhada pelo coordenador do projeto, Sérgio Oliveira, que também é um dos gestores da Associação Londrinense de Circo. Além das quatro modalidades básicas do circo, que são as acrobacias de chão e as áreas, as manipulações e os equilíbrios, Oliveira explicou que os alunos vão desenvolver também habilidades pessoais durante as aulas.

“Isso é muito trabalho dentro do circo – a emoção, o riso, a alegria, o respeito pela ordem, e tudo isso contribui para a formação emocional. Vamos tentar, dentro do ambiente escolar, trazer conteúdos também da sala de aula. Queremos abrir um diálogo entre o nosso educador e o professor para verificar como o circo pode auxiliar nesse processo. O mundo precisa aprender a tornar o ambiente escolar mais gostoso, mais frutífero para as crianças, e o circo pode ajudar nisso”, acrescentou o coordenador.

Para o secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini, o chamamento aberto pela SME para levar projetos culturais e esportivos às escolas é algo histórico. “Desde o começo desta gestão do prefeito Marcelo Belinati, nós secretários somos estimulados a realizar políticas interdisciplinares, isto é, potencializar os recursos que temos, financeiros e humanos, e realizar as atividades em conjunto. E para nós, da Cultura, é um momento feliz, porque sabemos o papel que as atividades artísticas têm nesse momento da pandemia para o retorno dos alunos, provendo seu bem-estar psicológico, com a alegria e ludicidade que essas atividades trazem. E integrar essas políticas, estabelecer um contraturno escolar que valorize a cultura brasileira e seus valores, está implícito nisso. É um começo muito bom, e vamos potencializar essas parcerias”, previu.