Educação

Com Enem, presos de Londrina conseguem vagas em universidades públicas

23 abr 2021 às 15:28

O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) possibilitou que 958 presos de 33 unidades prisionais do Estado fizessem o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (ENEM-PPL), no mês de fevereiro. Destes, cinco presos de unidades prisionais de Londrina conseguiram vagas em primeira chamada no Sistema de Seleção Unificado (SiSu) nas universidades Estadual de Londrina (UEL) e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), nos cursos de Pedagogia e Engenharia de Alimento, Ambiental e de Materiais. A lista dos candidatos selecionados foi divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) no último fim de semana.

“O Enem-PPL é uma importante estratégia para a elevação de escolaridade das pessoas privadas de liberdade”, afirma o diretor-geral do Depen, Francisco Caricati. Ele lembra que, assim como o Enem Nacional, a nota deste exame permite que essas pessoas tenham acesso à educação superior por meio dos programas de financiamento estudantil (Sisu, Prouni) ou apoio à educação superior do Governo Federal.

Em todo o Estado, 45 presos cursam Ensino Superior, presencial ou a distância. São 10 unidades prisionais do Paraná com presos estudando em universidade ou faculdade. Dezessete foram pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni), 14 pelo processo de vestibular e dois pelo SiSu. Os principais cursos são Letras (11), Administração (4), Direito (3), Educação Física (5), Serviço Social (3) e Serviços Jurídicos e Notariais (3). 

A instituição que mais tem presos cursando é a UEL (12), seguida do Centro Universitário Claretiano (10), Faculdades Integradas Norte do Paraná - Unopar (6). Também há matriculados na Faculdade Pitágoras, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) e Faculdade Pitágoras - Centro Universitário Filadélfia (Unifil).

A última edição do ENEM-PPL teve inscrição de 1.644 presos. No entanto, devido à pandemia do Covid-19, algumas unidades deixaram de aplicar o exame, para evitar o contágio e a propagação do vírus, e, com isso, 958 presos fizeram a prova. 

Com AEN