Um grupo de alunos que foi neste domingo (17) até o colégio estadual Barão do Rio Branco, região central de Londrina, prestar a prova do Enem voltaram para casa sem fazer a primeira etapa do teste.
Gustavo Mizuno, de 21 anos, chegou com antecedência e entrou na fila para acessar a sala, quando foi informado de que não poderia entrar na escola. A justificativa era que o número permitido de pessoas por sala havia sido excedido.
“Fiquei confuso na hora. Fui conversar com a coordenadora de prova. Ela falou que foi uma decisão de ontem para hoje, porque ia exceder a capacidade. Disse que foi uma decisão superior. Eles simplesmente me mandaram embora”.
Há quatro anos o estudante faz vestibular para Medicina e relatou a frustração. “Fiquei totalmente perdido, é revoltante”.
Segundo Gustavo, o mesmo aconteceu com cerca de 15 estudantes que faziam prova no mesmo local. Ao saber do problema, um grupo de pais decidiu se opor à decisão. Depois da confusão, uma sala foi disponibilizada para os alunos que haviam sido inicialmente dispensados.
“Isso na verdade foi por causa da pressão dos pais, que gravaram vídeos. Os pais ficaram revoltados porque os alunos não conseguiram fazer a prova”.
Abalado, ele decidiu voltar para casa sem realizar o teste. “Decidi por não fazer. A gente estuda um ano inteiro para isso?”, justificou.
Gustavo disse que enviou um e-mail para o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pelo Enem, mas não obteve resposta. Ele também fez um Boletim de Ocorrência (BO).