Educação

Painel Histórico de Londrina completa 40 anos de instalação na UEL

09 dez 2021 às 16:15

O painel de azulejos do Jubileu de Prata de Londrina, localizado em frente ao prédio da Biblioteca Central da UEL, no Campus Universitário, está completando 40 anos de instalação nesta sexta-feira (10), data de comemoração do aniversário da cidade. Ele foi restaurado por uma equipe de estudantes de Educação Artística e de Arquitetura e Urbanismo da UEL, um trabalho coletivo que durou seis meses, coordenado pelo professor aposentado, Laerte Matias, do Departamento de Artes, do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA).

A obra representa uma marca histórica do início de Londrina e que originalmente ficava na fachada do antigo prédio da Câmara de Vereadores, na Rua Minas Gerais, no Centro. O prédio foi demolido em 1976.  

O painel retrata Londrina em dois momentos. O início da colonização e 25 anos depois, com os primeiros prédios em evidência. O autor é o artista plástico João Ponti, que ficou famoso por seus trabalhos utilizando a técnica de pintura sobre azulejos, semelhante à que era utilizada pelos portugueses no início da colonização brasileira.

O aniversário da instalação foi lembrado pelo professor aposentado do Departamento de Estruturas, do Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU), Vitor Faustino, responsável pelo projeto da estrutura de concreto que abriga as peças de azulejo. Ele lembra que a estrutura foi projetada por ele e executada pelos servidores da Prefeitura do Campus da UEL (PCU). Segundo o professor, ele foi procurado por parte da equipe de estudantes que estava atuando no projeto de recuperação do painel.

Reconstituição do painel

Um dos acadêmicos participantes foi o atual professor Osvaldo Canizares, natural de Londrina, atualmente radicado Porto Velho, Rondônia. Estudante de arquitetura na UEL, ele conta que a proposta de reconstituição do painel partiu do professor Laerte Matias, que coordenou o projeto para recuperar a obra do artista João Ponti. Além dele, integravam a equipe os estudantes Claudia Machado, João Batistela, Marcos Gomes, Sandro Cesar, além do servidor Sebastião Bonato.

Canizares lembra que a reconstituição do painel foi um trabalho de equipe para montar um quebra cabeça gigante. O trabalho foi feito no quintal da casa que ele morava com a família, na rua Riachuelo, na região leste. Todos os azulejos estavam no então Museu Padre Carlos Weiss, da UEL, acondicionados em caixas de papelão. Ele explica que o material foi recuperado pelo então diretor do museu, o professor Olimpio Westfalen. “Pelo estado que os azulejos chegaram, imaginamos que todo o material iria inicialmente para o lixo”, lembra ele.

Muitas peças estavam quebradas e necessitaram ser recuperadas, remontadas e instaladas. Outras tiveram de ser novamente encomendadas ao artista, que na época morava em Curitiba. Canizares lembra de ter participado da viagem que encomendou o trabalho a João Ponti. Hoje, 40 anos depois da entrega da instalação, estes pequenos detalhes ficaram somente na memória.