Educação

Pesquisadores da UEL participam de mobilização contra corte de verbas

15 out 2021 às 20:11

Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina participaram, nesta sexta-feira (15), de uma mobilização nacional contra o corte de verbas federais anunciado para instituições de todo país. Na última semana, mais de R$ 690 milhões de reais em recursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia foram cortados pelo Ministério da Economia com a aprovação da Câmara dos Deputados.

Essa medida, atinge diretamente programas de pesquisas e bolsas de estudo também de universidades privadas, mas, principalmente, das públicas e de todo o país, como é o caso da UEL. Somente universidade de Londrina tem 360 projetos que envolvem estudantes de vários cursos e orientadores, 274 bolsistas de iniciação científica, 34 de iniciação tecnológica e 52 de iniciação científica para alunos do ensino médio. Pesquisas aprovadas, que estão em andamento podem ser interrompidas pela falta de dinheiro.

“A grande maioria pode parar e são projetos que estamos atendendo o aluno de graduação e de ensino médio. Se o aluno do mestrado ou doutorado não tem como se sustentar sem a bolsa, lógico que ele vai parar, então o experimento não tem, né?”, explicou o pró-reitor de pesquisa da UEL, Amauri Alfieri.

Dos R$ 690 milhões de reais, R$440 milhões seriam destinados à manutenção dos atuais projetos e bolsas do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que é a principal fonte de recursos para pesquisadores no país. O restante era para o edital do Projeto Universal para Novas Pesquisas, já em fase de análise e seleção. Somente a UEL enviou de 50 a 75 propostas. Para a comunidade científica, o prejuízo é muito maior do que esse valor.

“Esse é o golpe de misericórdia, sem dúvida, nesse povo que vem trabalhando sem financiamento há muito tempo, ou com pouco financiamento. O CNPQ não abria projetos universais já há praticamente quatro anos”, disse o pró-reitor.