Educação

UEL segue preparação para vestibular em fase única em 2022

26 out 2021 às 10:31

A Universidade Estadual de Londrina está se preparando para receber os candidatos ao próximo vestibular – Vestibular 2022 – a ser realizado em dia único, dia 6 de março do ano que vem. São 2.509 vagas, mais 616 pelo Sistema de Seleção Unificada (SISU), totalizando 3.125, em 52 cursos de graduação. À logística habitual do concurso, que abrange desde a identificação dos estudantes até as alterações no trânsito para acesso ao Campus, soma-se, assim como em 2021, um rígido protocolo sanitário, que garante tranquilidade aos vestibulandos, que só precisam se concentrar nas provas. Quem ainda não fez sua inscrição tem até as 23h59 do dia 3 de novembro: acesse o Formulário de Inscrição Vestibular 2022.

Para este período atípico, o Vestibular da UEL também sofreu ajustes. O protocolo sanitário e a data única são apenas dois exemplos. A própria prova é outro. Ela será dividida em duas partes, a primeira com 36 questões objetivas sobre Conhecimentos Gerais relacionados ao conteúdo do Ensino Médio; 10 de Língua Portuguesa e Literatura em Língua Portuguesa, e quatro de Língua Estrangeira (inglês, espanhol ou francês). A segunda parte será composta pela redação, uma produção textual em prosa.

Confira o Manual do Candidato, que traz informações úteis e detalhes sobre o processo de seleção.

Concorrência

Como as inscrições para o Vestibular 2022 ainda não se encerraram, não é possível saber quantos são os inscritos e a concorrência por vaga em cada curso. O que se sabe é que desde 2015 (com exceção de 2019) os concursos têm tido mais de 21.800 candidatos, sendo que em 2017 beirou os 23 mil e, em 2021, ultrapassou os 27 mil.

Existe uma grande expectativa quanto à concorrência para 2022, por causa do impacto negativo do ensino remoto nos estudantes do Ensino Médio no último ano e meio. O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), assim como universidades públicas renomadas, como a USP e a Unicamp, que já encerraram o prazo de inscrições, constataram uma significativa redução no número de inscritos. Especialistas têm se inclinado a afirmar que é um reflexo da insegurança dos terceiranistas. A redução de candidatos, porém, pode significar menor concorrência às vagas.

A professora Sandra Regina de Oliveira Garcia, titular da Coordenadoria de Processos Seletivos (COPS), tem a mesma perspectiva. Ela fala no “desânimo” que acometeu os estudantes, que sentem a perda na aprendizagem. Para a pedagoga, na verdade, toda uma geração de alunos foi prejudicada, incluindo os do Ensino Fundamental, em grande parte pela falta de acesso à tecnologia e aos conteúdos. “Imagine uma família com apenas um celular. Como fazer?”, questiona.

Ela lembra que a UEL foi uma das instituições que conseguiu contornar o problema, mas a rede de ensino fundamental e médio já vinha com uma série de problemas estruturais, agravados com a suspensão das aulas presenciais. “Muitos professores não dominavam a dinâmica de um ensino remoto e foram se adequando da maneira que podiam. Por isso a rede estadual insistiu no retorno às salas de aula”, avalia Sandra. Ela acrescenta que a UEL ainda vai sentir os efeitos desta perda de aprendizagem, por muitos anos.

Mesmo assim, a coordenadora da COPS assegura que a Universidade está preparada para receber tanto os vestibulandos quanto os novos ingressantes quando as aulas começarem. Segundo Sandra, os Colegiados de Curso, por exemplo, também estão se preparando para o retorno presencial, que deve ocorrer em 24 de janeiro.

FONTE: AGÊNCIA UEL