Morreu nesta quinta-feira (20), aos 76 anos, o empresário, ex-piloto e dirigente esportivo irlandês Eddie Jordan. Em 2024, ele foi diagnosticado com agressivos tumores na próstata e na bexiga.
Eddie Jordan foi o fundador da Jordan Grand Prix, equipe que disputou a Fórmula 1 entre 1991 e 2005. O time foi responsável pelas estreias de pilotos como Michael Schumacher (1991) e Rubens Barrichello (1993), contando ainda com nomes como Eddie Irvine, Ralf Schumacher, Damon Hill, Heinz-Harald Frentzen e Giancarlo Fisichella em seus carros ao longo da história. Em 2023, o empresário revelou ainda que tentou ter Ayrton Senna como sócio e piloto em 1993.
No Instagram, Rubinho se despediu do ex-chefe de equipe com o qual correu entre 1993 e 1996. “E lá se vai um cara gente boa. Aquele que me deu a primeira chance na Fórmula 1, aquele que parava para todos e que todos adoravam. Na nossa primeira pole, aquele abraço. E no nosso primeiro pódio então... Vou guardar muitos momentos, meu caro amigo”, escreveu – a pole em questão veio no GP da Bélgica de 1994, enquanto o pódio veio no GP do Pacífico do mesmo ano.
“Obrigado por tudo que fez pela Fórmula 1, por ter ido lá no paddock da F3 e (da) F3000 me procurar. Enfim obrigado amigo Eddie”, completou o brasileiro, despedindo-se em inglês: ” I will miss you a lot”, ou “vou sentir muito a sua falta”.
No Instagram, Rubinho se despediu do ex-chefe de equipe com o qual correu entre 1993 e 1996. “E lá se vai um cara gente boa. Aquele que me deu a primeira chance na Fórmula 1, aquele que parava para todos e que todos adoravam. Na nossa primeira pole, aquele abraço. E no nosso primeiro pódio então... Vou guardar muitos momentos, meu caro amigo”, escreveu – a pole em questão veio no GP da Bélgica de 1994, enquanto o pódio veio no GP do Pacífico do mesmo ano.
“Obrigado por tudo que fez pela Fórmula 1, por ter ido lá no paddock da F3 e (da) F3000 me procurar. Enfim obrigado amigo Eddie”, completou o brasileiro, despedindo-se em inglês: ” I will miss you a lot”, ou “vou sentir muito a sua falta”.
O auge do time na F1 veio no fim da década de 1990. Em 1998, veio a primeira vitória – uma dobradinha no tumultuado GP da Bélgica, com Damon Hill em primeiro e Ralf Schumacher em segundo – e o quarto lugar no Mundial de construtores. Em 1999, foram duas vitórias – com Heinz-Harald Frentzen, na França e na Itália – e o terceiro lugar entre as equipes.
O time surgiu na década de 1980 como Eddie Jordan Racing, competindo em categorias como a Fórmula 3 britânica e a Fórmula 3000 (atual Fórmula 2). Na F-3000, esteve no grid entre 1985 e 1990, dando oportunidades a nomes como Johnny Herbert, Martin Donnelly, Jean Alesi, Eddie Irvine, Heinz-Harald Frentzen e Damon Hill, entre outros. Com bons resultados, especialmente o título de Alesi em 1989, decidiu migrar para a F1.
Em declínio, a Jordan foi vendida em 2005 para o empresário Alex Shnaider e mudou de nome, correndo em 2006 como Midland. Nos anos seguintes, o time passou por várias mãos e mudou diversas vezes de identidade: Spyker, Force India, Racing Point e, finalmente, a atual Aston Martin, de Lawrence Stroll.
“Eddie Jordan foi um dos grandes de todos os tempos do automobilismo. Ele foi único, um ser humano maravilhoso, um líder carismático que fundou este time e o levou à F1 em 1991. Sua visão criou as bases para nós e nos deixou um legado duradouro para toda a comunidade do automobilismo. Hoje, nós prestamos homenagens a uma lenda do esporte”, lamentou Andy Cowell, CEO e chefe de equipe da Aston Martin.
Ao longo da história, a Jordan disputou 250 corridas, com quatro vitórias, e somou 291 pontos. Até hoje, é a décima equipe que mais somou pontos na história da F1 sem ter sido campeã. Curiosamente, a liderança do ranking é da Force India, sua sucessora cronológica, com 987 pontos, enquanto a Aston Martin tem 514 e é a quarta colocada.
Após se afastar do grid, Eddie Jordan trabalhou como comentarista da F1 no Reino Unido – primeiro na BBC (2009 a 2015), depois no Channel 4 (2016). Eddie Jordan deixou a esposa, Marie, e quatro filhos.
O presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, afirmou em nota estar “profundamente triste” com a “morte repentina” de Eddie Jordan. “Com sua inesgotável energia, ele sempre soube como fazer as pessoas sorrirem, permanecendo sempre genuíno e brilhante. Eddie foi protagonista de uma era na F1 e fará muita falta”, completou o dirigente italiano.