Os gaúchos podem ver dois novos clubes disputarem o campeonato estadual em 2026. Segundo o repórter Martin Charquero, da rádio uruguaia Carve Deportiva, Peñarol e Nacional começaram tratativas para participarem do próximo Gauchão.
A ideia partiu de Ignacio Ruglio, presidente do Peñarol. O mandatário afirma que Flavio Perchman, vice-presidente do Nacional e Ignacio Alonso, presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF) apoiaram a ideia. Ele também disse que já conversou com Andrés D'Alessandro, diretor esportivo do Internacional.
Em entrevista à mesma rádio na tarde desta terça-feira (18), Alonso afirmou que apoia a ideia, classificou o estadual como “muito competitivo” e acha que mais clubes uruguaios deveriam participar.
“Conversei com Nacho (presidente do Peñarol) e estamos discutindo a ideia. Não necessariamente no Gaúcho, mas sim alguma forma de integração com a Federação Gaúcha para ter um campeonato com mais uruguaios além de Nacional e Peñarol”, disse Alonso.
Também à Carve Deportiva, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, disse que não recebeu nenhum contato dos times uruguaios. Para ele, a ideia "é uma alegria e mostra o reconhecimento ao futebol gaúcho”.
Questionado se havia interesse da FGF na criação de um torneio misto entre uruguaios e brasileiros, Hocsman disse que “seria um prazer" receber Nacional e Peñarol para a disputa de um torneio amistoso, sem caráter oficial. “Sem que haja uma filiação do Peñarol e Nacional na Federação Gaúcha e consequentemente na CBF, a participação é impossível de acontecer”, disse o presidente.
O que Nacional e Peñarol precisam para jogar um torneio brasileiro?
Para disputarem o Gauchão, os clubes uruguaios terão de passar por longo processo burocrático. Antes de pensarem em pedir a filiação à FGF, por exemplo, precisariam regularizar suas situações enquanto empresa com a Receita Federal, a Junta Comercial e a Secretaria da Fazenda.
Feito isso, poderiam acionar a FGF e pedir a filiação. Um documento seria enviado pela federação gaúcha para a CBF, que faria o registro dos clubes na entidade nacional.
Vale lembrar que, nesse caso, Peñarol e Nacional não jogariam o estadual já na primeira divisão. Começariam do quarto nível do futebol gaúcho e teria de conquistar, no campo, o direito de jogar contra os clubes do nível máximo do campeonato do Rio Grande do Sul.