O Peñarol surpreendeu o Magnus, venceu por 3 a 1 e foi campeão da Libertadores pela primeira vez em sua história. A finalíssima do torneio continental foi na noite deste domingo na Arena Óscar Harrison, em Luque, no Paraguai.

Foi a primeira vez que um time uruguaio conquista um título na competição sul-americana. É apenas a terceira vez que o Brasil não conquista a Libertadores em 23 edições.

O time de Montevidéu abriu o placar no primeiro tempo em um gol contra de Lucas Gomes. O fixo do Cachorrão ainda seria expulso na etapa complementar. O Peñarol ampliou com Nicolás Ordoqui.

Nos minutos finais, os brasileiros colocaram goleiro-linha e descontaram com Leandro Lino. Porém, Franco Duque fez o terceiro e selou a vitória e a conquista uruguaia. A equipe do interior paulista perde a chance de ser tricampeã da Libertadores.

O Magnus volta para o Brasil e já tem compromisso na Liga Nacional de Futsal nesta quarta-feira, às 19h30, quando enfrenta o Umuarama, no Paraná. A equipe paulista lidera a competição com 100% de aproveitamento e 24 gols de saldo após cinco rodadas.

O jogo

A primeira grande chance da noite caiu nos pés de Genaro, que parou na defesa do goleiro Mathias Fernández, aos três minutos de jogo. O Peñarol conseguia criar suas melhores oportunidades a partir de roubadas de bola. As primeiras três finalizações foram para fora.

A quarta, também originada a partir de um desarme no meio da quadra, foi para o fundo das redes. De Olivera driblou dois, tocou para o meio e Lucas Gomes, na tentativa de afastar, acabou jogando contra o próprio patrimônio. Gol contra e 1 a 0 para os uruguaios.

Logo na sequência, Bruninho teve a chance de empatar para o Magnus, mas, cara a cara, chutou em cima do goleiro uruguaio.

O Peñarol chegou a fazer 2 a 0 no gol de Zapponi. Porém, o goleiro André Deko acusou o toque no braço do adversário, e o Cachorrão pediu a utilização do vídeo suporte. A arbitragem revisou o lance e anulou o gol do time uruguaio.

Restando sete minutos para o intervalo, Mendonça foi para o x1 e finalizou muito perto da trave adversária. Três minutos depois, foi a vez de Lucas Gomes que soltou uma pancada de longe, mas parou na defesa de Mathias Fernández.

Após isso, a partida ficou ainda mais truncada e com menos chances de gol. A marcação era dura, mas o duelo foi limpo. As duas equipes juntas fizeram apenas três faltas nos primeiros 20 minutos. O Penãrol se fechou ainda mais no segundo tempo, e o Sorocaba foi com tudo em busca do empate. Os brasileiros tentaram muito em finalizações de média distância, mas encontraram dificuldades em criar algo de impacto.

Se a dificuldade já era grande, ficou ainda pior a sete minutos para o fim. Lucas Gomes deu entrada dura na canela do adversário e, após checagem no vídeo suporte, o fixo do Cachorrão foi expulso.

O Magnus ficaria com um a menos por dois minutos ou até sofrer um gol. Quando o tempo da desvantagem numérica estava perto de acabar, um novo lance voltou a complicar as coisas para a equipe brasileira.

Em mais uma intervenção do vídeo suporte, a arbitragem foi ao monitor para marcar um pênalti para o Penãrol em uma infração cometida pelo goleiro André Deko. Nicolás Ordoqui cobrou a penalidade e fez o segundo para ampliar para o Peñarol a cinco minutos do fim.

Com o 2 a 0 contra, o técnico Ricardinho colocou Dieguinho como goleiro-linha e foi para o tudo ou nada. A estratégia surtiu efeito e, quando a regressiva indicava três minutos, Leandro Lino acertou um chutaço de fora da área e diminuiu: 2 a 1.

Em seguida, o Cachorrão desperdiçou o ataque, e o time do Uruguai partiu para um contra-ataque mortal. Com apenas Leandro Lino protegendo a meta, Franco Duque deu um lindo toque por cobertura e fez o terceiro e derradeiro gol, quando faltavam menos de dois minutos.

O Magnus se arriscou em tentativas finais, mas não conseguiu evitar a derrota e o vice-campeonato.