Dez anos após a morte de Jules Bianchi, a Fórmula 1 relembra uma das performances mais marcantes de um azarão na era moderna. No Grande Prêmio de Mônaco de 2014, o jovem francês protagonizou uma corrida inesquecível que rendeu os primeiros pontos da história da modéstia equipe Marussia.
Nascido em Nice, cidade próxima ao principado, Bianchi chegou ao fim de semana com a responsabilidade de liderar uma equipe que nunca havia pontuado na F1. A troca do motor Cosworth por uma unidade Ferrari melhorou o desempenho da Marussia naquela temporada, mas não o suficiente para tirá-la do fim do grid.
Após boas exibições nos treinos e na classificação, o francês recebeu uma punição que o fez largar da última posição. Mesmo assim, ele brilhou no domingo: superou rivais diretos, evitou incidentes e escalou o pelotão com ultrapassagens certeiras e um ritmo sólido. Na volta 5, já era o 15º colocado e, volta a volta, se aproximou da zona de pontuação.
Na volta 60, Bianchi entrou no top-10. A colisão entre Raikkonen e Magnussen o colocou momentaneamente em oitavo, mas uma penalização de tempo o fez cruzar a linha de chegada em nono. Ainda assim, nada tirou os dois pontos históricos que ele conquistou para a Marussia.
Aquele nono lugar em Mônaco foi o único da história da Marussia na zona de pontuação e o grande momento da breve carreira de Bianchi. Um feito que segue como prova do talento do francês e que marcou para sempre a memória da Fórmula 1.