O São Paulo abriu duas investigações, uma interna e outra externa, sobre o suposto esquema de venda ilegal de ingressos para um camarote no Morumbi. O ge revelou áudios que levantaram suspeitas sobre os diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares, que se licenciaram dos cargos nesta segunda-feira (15).
Um dos processos de investigação será interno, conduzido pelos departamentos Jurídico e de Compliance do clube. Outro inquérito é externo, sob responsabilidade de dois escritórios de auditoria independentes.
Os procedimentos foram instaurados a pedido do superintendente do São Paulo, Marcio Carlomagno. Ele também é citado nos áudios, mas diz que teve seu nome mencionado de forma indevida.
Na conversa, revelada pelo ge, Douglas Schwartzmann e Mara Casares falam com Rita de Cassia Adriana Prado e a pressionam a encerrar um processo contra o clube. Ela cobrava R$ 132 mil não recebidos por uma negociação envolvendo o Camarote 3A.
O local, na verdade, não é comercializado. O espaço fica em frente ao gabinete do presidente Júlio Casares no MorumBis e é conhecido por "Sala da Presidência". As negociações seriam feitas em dias de shows. A cobrança é relativa ao uso do camarote em um show da Shakira, em fevereiro deste ano.
Após o vazamento da gravação, diferentes grupos da oposição do São Paulo movimentam-se contra a gestão de Júlio Casares. O "Salve o Tricolor Paulista" escreveu ao Conselho Deliberativo pedindo o afastamento do presidente.
Já a "Frente Democrática Em Defesa do São Paulo" prepara uma notícia-fato que será encaminhada ao Ministério Público de São Paulo para que a Procuradoria investigue o caso.
Mara afirmou que os áudios foram tirados de contexto e que ela não obteve benefícios pessoais. Schwartzmann disse que não tinha conhecimento do caso e apenas foi chamado para intervir pontualmente em fabor do clube. Adriana não se manifestou até o momento.