Na noite de sexta-feira (03), um ataque na Aldeia Tekoha Y’Hovy, em Guaíra, deixou quatro pessoas feridas, incluindo uma criança de sete anos. Os disparos, feitos por um atirador ainda não identificado, atingiram as vítimas e resultaram em duas transferências para hospitais da região devido à gravidade dos ferimentos.
A área tem sido marcada por violência recorrente, como incêndios, disparos de armas de fogo e explosões de rojões. Um ataque similar ocorreu na virada do ano na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, envolvendo um incêndio e um homem baleado no braço. Relatos de moradores indicam que os ataques podem ser planejados, com marcas de pneus e pegadas encontradas na área, além de denúncias de emboscadas coordenadas, aumentando a apreensão da comunidade local.
O histórico de conflitos na região inclui a ocupação do Mirante Clube no início de 2024, que gerou episódios de violência contra moradores indígenas. Além disso, há suspeitas de que estrangeiros, possivelmente cidadãos paraguaios, estejam sendo trazidos para facilitar invasões de terras, com conexões com o crime organizado no Paraguai.
Apesar da presença da Força Nacional, os confrontos continuam a afetar tanto os moradores das aldeias quanto a população de Guaíra, que exige ações urgentes para conter as invasões e garantir a segurança local. As investigações estão em andamento e a situação permanece tensa.
NOTA À IMPRENSA - POLÍCIA FEDERAL
Guaíra/PR - Na data de ontem, 03/01/2025, por volta das 21 horas, foram realizados disparos em direção à comunidade indígena instalada próximo ao bairro Eletrosul.
Forças de segurança pública federais, estaduais e municipais estiveram no local a fim de evitar a ocorrência de novos episódios de violência.
Com relação aos feridos, constatou-se que, até o presente momento, quatro indígenas foram alvejados e necessitaram de atendimento hospitalar.
A Polícia Federal iniciou investigações para apurar a autoria e responsabilidade criminal dos envolvidos e, nesta manhã, (04/01/2025), Peritos Criminais Federais realizaram perícia no local do conflito.
Comunicação Social da Polícia Federal