Em Londrina, uma cidade em que a quantidade de veículos cresce a cada dia, existe também uma outra frota que preocupa como nunca. São carros que não rodam e não transportam ninguém faz tempo. Só na avenida Jorge Casoni, por exemplo, são quatro bem perto um do outro. Sem rodas, retrovisores, vidros, em cavaletes, sem nenhuma condição de uso, abandonados. Em outros pontos, há anos.
Eles ocupam vagas de estacionamento, são um problema para paisagem, pra circulação de pedestres, e até de saúde pública. "Nessa época em que há muitos focos de dengue e chuva, os veículos abandonados podem trazer mais problemas para a cidade", afirmou o taxista Carlos André de Araújo.
São pelo menos 800 carros como esse espalhados pela cidade. Só esse ano 152 proprietários foram notificados, 42 retiraram os veículos e a multa pro código de postura pode chegar a até R$ 3.000. A responsabilidade de recolher as sucatas é da CMTU. Mas a companhia tem enfrentado problemas para identificar e localizar os proprietários. E não só isso, não tem equipamento pra resolver esse transtorno.
Não há guincho e nem pátio para levar o que for recolhido. A estimativa é copiar cidades como Marília, no interior de São Paulo. Uma concessão deve ser feita e não apenas para retirar carros abandonados, mas que estejam rodando irregularmente, sem documento ou impostos pagos. A expectativa é que não tenha custos pra prefeitura. "O guinchamento e a administração do pátio serão 100% terceirizados. Não terá custo e será uma concessão. A proposta inicial é de que a CMTU fique com 6% do resultado", explicou o presidente da CMTU, Moacir Sgarioni.
Mas ainda não há previsão pra começar a funcionar. Isso porque a Câmara tem que autorizar a concessão em forma de projeto de lei. "Na primeira semana de janeiro, as planilhas estarão prontas para licitar. Elas serão encaminhadas à Câmara e depois, acredito que no máximo até fevereiro, isso deve estar publicado e divulgado", pontuou o presidente da Companhia.
(Reportagem: Ticianna Mujalli)