O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), participa nesta quinta-feira (30) de uma reunião de governadores no Rio de Janeiro. O encontro, marcado para as 18h na capital fluminense, tem como foco a segurança pública e ocorre em meio à repercussão da megaoperação policial que resultou em mais de 120 mortes, sendo a ação mais letal da história da cidade. A reunião deverá contar majoritariamente com governadores de direita.
A megaoperação “Contenção”, realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais. Foram feitas mais de 100 prisões, além da apreensão de 118 armas e 14 artefatos explosivos. O número de mortos superou o total do Massacre do Carandiru, em 1992, que vitimou 111 presos.
Nesta quarta-feira (29), o secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, informou que o estado colocou policiais e equipamentos à disposição do Rio, mas o apoio foi negado.
O coronel afirmou que o Paraná está em alerta para possíveis migrações de criminosos após a pressão da megaoperação.
O governador Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, criticou o Governo Federal, alegando falta de apoio no combate à violência. O ministro Ricardo Lewandowski, porém, rebateu, dizendo que nenhum pedido formal de ajuda foi feito pelo governo fluminense.
A letalidade da operação gerou críticas de ministros do STF. Flávio Dino chamou o episódio de “terrível e trágico”, enquanto Gilmar Mendes classificou como “lamentável”. O Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a verificação das câmeras corporais usadas pelos policiais.