Com a crise da pandemia, golpes tem se tornado cada vez mais frequentes em Londrina e região. No caso do bilhete premiado, pelo menos duas vítimas são atendidas por semana na Delegacia de Estelionato. A polícia orienta que é fundamental desconfiar de promessas tentadoras.
“O cidadão tem que ter a desconfiança desse tipo de oportunidade e ter o cuidado de não repassar nenhum bem ou informação sensível a qualquer estranho que apareça”, explica o tenente Ciniciato, da Polícia Militar.
Em uma semana, a Tarobá noticiou dois casos relacionados a golpe. O primeiro, de uma idosa que perdeu R$ 90 mil reais após acreditar em pessoas que a abordaram na rua Paranaguá. Ela transferiu o dinheiro que ainda não foi recuperado.
“Além da ganância da vítima, mexe com a honra dela para dar uma contribuição. Então sacam dinheiro, vão pra casa e pegam jóias para posteriormente descobrir que foi vítima de golpe”, disse o delegado Edgard Soriani.
Na última terça-feira (6), um homem de 29 anos foi detido em flagrante na avenida das Maritacas tentando praticar o mesmo golpe. Duas vítimas procuraram a delegacia e reconheceram que o suspeito já teria cometido golpes na cidade. O suspeito está preso e aguarda pela audiência de custódia.
“Nisso parou uma mulher me pedindo um endereço, dizendo que não sabia ler. Chegou esse rapaz e ficou conversando, disse que tinha uma loja e a mulher começou a falar sobre o bilhete. Me confundiu a cabeça, eu disse que sou aposentada e disse que não tinha dinheiro no banco. Aí chegou a moça do Uber e perguntou o que estava acontecendo”, disse a vítima que não quis se identificar.
O suspeito já tem passagens pela polícia e será realizada uma investigação para saber se existe uma ligação com alguma quadrilha especializada. “Geralmente a pessoa se aproxima da vítima e conta uma história dizendo que não consegue realizar o saque. Com a promessa de repassar parte desse valor, acabam solicitando uma quantia da vítima para que ela participe desse prêmio”, esclareceu o tenente Ciniciato.