Todos os locais
Todos os locais
Política
Brasil

CCJ da Câmara volta a analisar proposta de recontagem física dos votos

Ela propõe mudança na chamada Lei das Eleições
11 dez 2024 às 14:19
Por: Agência Brasil
- Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados volta a debater, nesta quarta-feira (11), o projeto de lei que, se aprovado pelo Congresso Nacional, permitirá que partidos políticos requeiram a recontagem física de votos em eleições.


A proposta de mudança da chamada Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) foi apresentada pelo deputado federal Carlos Henrique Gaguim (União-TO), em 2015. Ao justificar o teor de seu projeto, o parlamentar afirmou que a impossibilidade de recontagem física dos votos em eleições federais, estaduais, distritais ou municipais “reduz o nível de transparência do sistema eleitoral” brasileiro.


O texto proposto por Gaguim visa a permitir que o órgão nacional de partido político solicite, no prazo de 48 horas após a divulgação oficial do resultado final das eleições, a recontagem dos votos tanto por meio físico quanto por meio digital.


O relator da proposta na CCJ, deputado José Medeiros (PL-MT), já apresentou um texto propondo modificaçõesno projeto original. Entre elas, a obrigatoriedade de, imediatamente após o fim da votação, 5% das urnas eletrônicas serem selecionadas aleatoriamente, por meio de sorteio público, com a presença de representantes dos partidos políticos, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de outras entidades interessadas, para a contagem pública dos votos, a ser feita na própria seção eleitoral, pelos membros da mesa receptora.


“A implementação da contagem pública em uma amostra aleatória de 5% das urnas busca aprimorar a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral, sem comprometer a celeridade da apuração. A seleção aleatória das urnas para contagem manual serve como mecanismo de auditoria, permitindo a identificação de possíveis inconsistências entre os resultados eletrônicos e físicos”, sustenta Medeiros em seu voto.

Outras notícias

Defesa de Bolsonaro pede novamente liberação de passaporte para posse de Trump

Sidônio diz que extremismo distorce conceito de liberdade de expressão

Morre Benedito de Lira, pai do presidente da Câmara, Arthur Lira


Medeiros apresentou seu relatório no último dia 4, votando pela constitucionalidade, juridicidade e, no mérito, pela aprovação do PL 1.169/15 e de outros sobre o mesmo tema, apensados à matéria. A análise, contudo, foi interrompida por um pedido de vista – ou seja, de mais tempo para estudar o assunto – dos deputados Erika Kokay (PT-DF), Helder Salomão (PT-ES), Lafayette de Andrada (Rep-MG), Luiz Couto (PT-PB) e Patrus Ananias (PT-MG).


Em nota, 23 das entidades que integram o movimento suprapartidário Pacto Pela Democracia defendem que o PL 1.169/15 não pode ser aprovado por representar uma volta ao passado. “Na prática, o projeto busca instituir o voto impresso no Brasil, não como forma de fortalecer o processo eleitoral, mas como estratégia para alimentar a desconfiança no sistema de votação e ampliar significativamente a possibilidade de obstrução em um sistema comprovadamente seguro e íntegro”, sustentam as entidades, entre elas a Transparência Brasil e a Conectas Direitos Humanos.


“Desde 2014, com auge em 2022, atores antidemocráticos têm promovido narrativas que questionam a integridade do sistema eletrônico de votação no Brasil. Mesmo diante de inúmeros relatórios que atestam a segurança do sistema de votação vigente, elaborados por especialistas de universidades renomadas e de auditorias realizadas por partidos de diferentes espectros políticos, esses grupos demonstram pouco interesse em aprimorar o sistema. O objetivo é evidente: disseminar desinformação e minar a confiança nas urnas eletrônicas, um alicerce essencial para a realização de eleições justas, confiáveis e para o fortalecimento da democracia no país”, acrescentam as organizações sociais.

Veja também

Relacionadas

Política
Imagem de destaque

Meta responde AGU e governo discute ações sobre Facebook e Instagram

Política
Imagem de destaque

Lula sanciona lei que restringe uso de celular em escolas

Política

Morre advogado Marcello Lavenère, que pediu impeachment de Collor

Política

Dino dá 30 dias para governo ter regras para emendas em universidades

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Idoso de Ibiporã desaparecido é encontrado morto em mata de São Jerônimo da Serra

Cidade
Londrina e região

MP pede explicações à Prefeitura de Londrina sobre operação que fiscaliza andarilhos

Cidade
Cascavel e região

Jovem morta com tiro na cabeça é identificada como Aline de Melo Canhet

Cidade
Londrina e região

Dois homens morrem em confronto com a Polícia Militar na Estrada das Três Figueiras

Cidade
Londrina e região

ExpoLondrina 2025 divulga primeiros shows e inicia venda de ingressos; veja valores

Podcasts

INVESTIMENTO

Podcast - FILL - EP23 - Felipe Gondin 07-12-24

ESPORTE

Podcast - FILL - EP22 - Ricardo Cavallini 07-12-24

INOVAÇÃO

Podcast - FILL - EP21 - Tatiana Fiuzza 07-12-24

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.