Duas manifestações estão marcadas para o próximo sábado (20), às 9h, no Calçadão de Londrina. Uma delas contra o Governo Federal e a outra contrária ao passaporte da vacina - como também se posiciona o presidente Jair Bolsonaro. A Polícia Militar, que realiza a Operação Fecha Quartel durante o fim de semana, vai realizar os acompanhamentos.
Segundo o tenente-coronel Nelson Villa, a Polícia Militar vai acompanhar os atos para garantir que os direitos constitucionais sejam respeitados. “Uma das garantias é o livre direito de reunião e manifestação do pensamento, então nos faremos presentes para garantir que as pessoas possam livremente se manifestar dentro do respeito à ordem pública. Felizmente, em Londrina não temos percebido ações violentas de nenhum dos lados”, disse.
Uma das manifestações é organizada por movimentos sociais, entidades sindicais e pastorais ligadas à Igreja Católica, uma das mobilizações também tem o objetivo de marcar o dia da Consciência Negra, além de protestar contra Bolsonaro.
"Nós sabemos que temos uma dívida cultural enorme com a população negra e, infelizmente, por conta dos atos do nosso governo atual, isso está ainda mais escancarado. É um momento de irmos para a rua para que possamos colocar a população negra em evidência e mostrar que, infelizmente, os mais pobres são os que mais tem sofrido com o aumento dos alimentos, da gasolina, e assim por diante", disse o agente pastoral Marcio Teixeira.
A concentração será realizada próximo ao chafariz onde ficava o antigo coreto. Os manifestantes vão seguir em passeata até a Concha Acústica, onde serão realizadas atividades artísticas e culturais.
A outra manifestação é contraria ao passaporte da vacina e terá concentração na praça da Bandeira. Os manifestantes devem permanecer no local durante todo protesto.
O passaporte sanitário tem sido motivo de polêmica em Londrina e, ainda que não tenha sido adotado na cidade, a Secretaria Municipal de Saúde admitiu que estuda a viabilidade da medida. Se for implementada, será necessário apresentar o comprovante de vacinação para entrar em estabelecimentos comerciais.
A obrigatoriedade da vacina para servidores públicos municipais também tem sido motivo de controvérsia. No último dia 10, oito funcionários públicos conseguiram liminar na justiça contra o decreto municipal que exige a imunização. A prefeitura vai recorrer.
Segundo o tenente-coronel Nelson Villa, além da PM, outros órgãos estarão envolvidos no acompanhamento. “Caso haja necessidade do apoio da Polícia Militar para que possa haver um desdobramento dessa manifestação, legítima diga-se de passagem, a Polícia Militar estará à disposição das lideranças”, afirmou.