O promotor do Patrimônio Público de Londrina, Thiago Gevaerd Cava, foi designado pelo Ministério Público para investigar a Promotora de Londrina, Solange Novaes Vicentin. Um inquérito civil foi instaurado para apurar supostas ilegalidades na conduta da promotora Solange em medidas envolvendo a empresa Kurica Ambiental e o empresário Max Lobato Sales.
A suspeita é de que ela estaria defendendo seu cargo público, interesses privados. O caso também é investigado em Curitiba por meio de um processo administrativo disciplinar. A promotora teria interferido junto a órgãos municipais para agilizar a concessão de diretrizes e licenciamento urbanístico para que a empresa Sena Construções loteasse uma área de terra na Gleba Lindóia, perto do Morro dos Carrapatos, zona leste da cidade. A promotora também teria em 2015 pressionado a CMTU, a Procuradoria do Município e outros órgãos municipais para que a Kurica Ambiental fosse contrata para a coleta do lixo. Outra situação é que entre 2013 e 2015, Solange teria agido para que a Acesf adquirisse um imóvel de Maxi Lobato Sales para a expansão do cemitério Jardim da Saudade, na zona norte da cidade.
A promotora teria sugerido à Acesf que o lote 15 do imóvel já possuía licenciamento ambiental, seria o mais viável para a ampliação. Durante a Comissão Processante, a defesa de Solange argumentou que, nos três casos, ficou evidente a defesa do interesse público e social de sua atuação profissional, especialmente na área do meio ambiente. Em setembro, Solange deixou a promotoria do meio-ambiente para assumir a promotoria do juizado especial de Londrina.