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Banco de alimentos: parceria entre IAT e Ceasa ajuda a alimentar animais silvestres

São, em média, 29 toneladas viabilizadas por mês pelo programa Banco de Alimentos Comida Boa para o criadouro, uma parceria que completa um ano em setembro
12 jan 2025 às 16:53
Por: IAT

O trajeto já dispensa a ajuda do GPS. Toda segunda, quarta e sexta-feira o caminhão sai de Campina Grande do Sul, mais precisamente do Criadouro Conservacionista Onça Pintada, e volta da Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa-PR), em Curitiba, abarrotado de frutas, legumes e verduras que, em outras épocas, teriam o lixo como destino.


Agora, por meio de uma parceria que envolve também Instituto Água e Terra (IAT) e Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), esse alimento, que já não atende mais aos padrões de comercialização, ajuda a matar a fome de diferentes espécies de animais silvestres, boa parte resgatada em situação de abandono ou de maus-tratos.


São, em média, 29 toneladas viabilizadas por mês pelo programa Banco de Alimentos Comida Boa para o criadouro, uma parceria que completa um ano em setembro. Desde então, a Ceasa pôde avançar na iniciativa que busca zerar o desperdício de alimentos não comercializados por atacadistas e produtores rurais e o Onça Pintada não precisou mais comprar frutas, verduras e legumes para os 4 mil animais de 206 espécies que habitam o complexo na Região Metropolitana de Curitiba.


“Tudo o que vem da Ceasa é 100% aproveitado. Até mesmo aquelas frutas e legumes mais batidos e machucados servem para animais como os porcos selvagens e os catetos”, afirmou o biólogo do Criadouro, Carlos Eduardo Conte. “Posso dizer que cerca de 60% de toda a alimentação dos bichos vêm da Ceasa”.

O Onça Pintada é particular, mas licenciado pelo IAT. Mantém animais silvestres e exóticos que foram resgatados e não mais podem ser devolvidos à natureza. Além disso, o Criadouro participa de programas de conservação da fauna silvestre nativa, reproduzindo espécies com objetivo de refaunação de Unidades de Conservação do Paraná.

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“Esses empreendimentos têm um papel crucial na gestão de fauna no Estado, principalmente aqueles com foco conservacionista ou que são parceiros para atendimento e recebimento dos animais vitimados. O custo para manter este tipo de espaço é altíssimo, e é nesse sentido que a cooperação da Ceasa é fundamental, por minimizar parte dos gastos com alimentação”, explica a gerente de Biodiversidade do Instituto Patricia Accioly Calderari da Rosa.


AMPLIAÇÃO – Corrente do bem que está prestes a ser expandida. O órgão ambiental está avaliando ampliar as doações alimentos para outras instituições com vínculo com o IAT, como os Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e o Centro de Triagem e Atendimento de Animais Silvestres (CETAS). “É uma política sustentável, em que todos ganham”, diz a gerente.


Pelo lado da Ceasa, a ideia é compartilhar a iniciativa de sucesso de Curitiba com outras unidades da central de abastecimento, em cidades como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel, todas com complexos próprios.


“As doações para as instituições de cuidado animal, que neste momento acontecem na Ceasa de Curitiba, é mais um passo para a gente diminuir este desperdício. Com a consolidação deste projeto, vamos avançar nas parcerias nas outras unidades do Paraná”, ressalta o diretor-presidente da Ceasa-PR, Eder Bublitz.


BANCO DE ALIMENTOS – A distribuição em larga escala das hortaliças para centenas de instituições assistenciais por meio do Banco de Alimentos Comida Boa surgiu em abril de 2020, logo após a chegada da pandemia da Covid-19.


Por dia, 8 mil toneladas de alimentos são comercializadas nas cinco unidades do Estado. Antes do programa Banco de Alimentos Comida Boa, 50 toneladas por dia eram desperdiçadas por não serem comercializadas. Com a destinação para as entidades, quase metade deste volume passou a ser reaproveitada. Ao todo, mais de 440 toneladas por mês são doadas para as instituições cadastradas, o que representa um volume anual de 5,3 mil toneladas de alimentos.


Atualmente, mais de 330 entidades, como casas de longa permanência de idosos, hospitais públicos, casas de recuperação, projetos de contraturno escolar, abrigos, associações de moradores e famílias em situação de vulnerabilidade social, recebem os alimentos.


O programa foi apresentado na Organização das Nações Unidas (ONU) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, como um bom exemplo de iniciativa governamental. Em outubro, foi premiado com o Stevie Awards em Istambul, na Turquia, um dos principais prêmios empresariais internacionais, criado em 2002 para valorizar as contribuições sociais de organizações do mundo todo. 


Ele também conta com a participação do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) para a ressocialização de pessoas privadas de liberdade. Elas trabalham no processamento dos alimentos e participam de atividades de capacitação em educação alimentar para, posteriormente, repassarem o conhecimento à comunidade.


Para 2025 está prevista a construção de uma cozinha industrial nova para o Banco de Alimentos - Comida Boa, fruto de uma capitalização promovida pelo Estado no fim de 2024.

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