Mesmo diante de colheita recorde de trigo no Brasil, os valores de negociação do cereal operaram em patamares máximos da série histórica do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em 2022 – em algumas regiões, as cotações atingiram recordes reais.
No contexto global, diversos fatores resultaram em diminuição, pelo segundo ano consecutivo, na relação estoque final/consumo mundial. Assim, a demanda interna seguiu ativa, superando a oferta e elevando os preços do cereal.
Pesquisadores do Cepea ressaltam que, no primeiro semestre de 2022, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia restringiu novos embarques pelo Mar Negro, sendo que estes dois países foram responsáveis por 30% das exportações mundiais de trigo de 2018/19 a 2021/22.
Na segunda metade do ano, o clima prejudicou a produção da União Europeia, Índia e Argentina, e a Ucrânia limitou o cultivo do cereal.