A própolis produzida a partir de abelhas sem ferrão nativas da Amazônia podem ser um excelente aliado na medicina. Um novo estudo, conduzido por cientistas da Embrapa Amazônia Oriental, do Pará, e da Universidade Federal do Pará (UFPA) identificou propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias em um creme formulado com própolis de abelha-canudo, típica da região e em açaizeiros. O produto foi testado em cobaias de laboratório com resultados comparáveis aos de pomada cicatrizante disponível no mercado.
Além da eficácia na recuperação dos ferimentos, o creme à base de própolis se destacou por apresentar menor resposta inflamatória e uma regeneração dos tecidos com melhor qualidade em comparação a uma pomada comercial. A pesquisa sugere um novo potencial farmacêutico para um bioproduto tradicionalmente usado por populações humanas desde a Antiguidade.
Os resultados foram divulgados no artigo Healing Activity of Propolis of Stingless Bees, Reared in Monoculture of Açaí publicado na revista científica Molecules. A pesquisa é fruto de um esforço conjunto de instituições científicas da Região Norte para valorizar produtos naturais da biodiversidade amazônica.