Todos os locais
Todos os locais

Selecione a região

Instagram Londrina
Instagram Cascavel
Política

Após Moro, PGR quer ouvir 3 ministros militares

05 mai 2020 às 12:30
Por: Estadão Conteúdo

Após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro prestar depoimento sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou na segunda-feira, 4, autorização para ouvir os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Braga Netto (Casa Civil).

O pedido para ouvir três dos ministros militares mais próximos de Bolsonaro ainda depende de autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.

Segundo o depoimento prestado por Moro no sábado, o trio estava em uma reunião realizada em 23 de abril em que Bolsonaro ameaçou demitir o ex-juiz da Lava Jato diante da sua insistência em manter Maurício Valeixo no comando da PF. Moro pediu demissão no dia seguinte.

A área jurídica do governo recomendou que Ramos, Heleno e Braga Netto não deem declarações públicas sobre as reuniões que participaram com Moro e Bolsonaro.

Eles foram orientados a não falar sobre o assunto com a imprensa ou escrever sobre isso em suas redes sociais. De acordo com o Código de Processo Penal, testemunhas são obrigadas a falar em depoimento, sob pena de serem processadas caso mintam.

Outras notícias

Dilma será indenizada por tortura física e psicológica na ditadura

Dino suspende trecho de PL que libera emendas do orçamento secreto

Cassado, Eduardo Bolsonaro diz que pode pedir "passaporte de apátrida"

Além de requisitar os depoimentos, Aras pediu cópia do vídeo da reunião ocorrida em 22 de abril. Naquele dia, o presidente já havia abordado Moro sobre a saída de Valeixo em reunião com todo o primeiro escalão do governo.

De acordo com a justificativa do seu pedido de diligências, Aras quer confirmar que o presidente teria cobrado "a substituição do SR/RJ, do Diretor Geral e relatórios de inteligência e informação da Polícia Federal".

Delegados

Aras também pediu na segunda que o Supremo autorize os depoimentos da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), com quem Moro também trocou mensagens, e seis delegados da PF. Após deixar o governo, Moro exibiu uma conversa com Zambelli, em que ela pede para que o ministro aceite a proposta de Bolsonaro para trocar o comando da PF. No texto, ela diz que poderia ajudar a convencer o presidente a indicá-lo para o Supremo em setembro.

Também estão na lista de oitivas solicitadas pela PGR: o ex-diretor-geral Maurício Valeixo, exonerado por Bolsonaro; o ex-superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi; o ex-chefe da corporação fluminense, Carlos Henrique de Oliveira Sousa; o superintendente no Amazonas, Alexandre Saraiva; o ex-chefe da PF em Minas Gerais, Rodrigo Teixeira; o diretor da Abin, Alexandre Ramagem Rodrigues, que teve a posse barrada pelo Supremo.

Aras quer que os delegados prestem informações acerca de "eventual patrocínio, direto ou indireto, de interesses privados do presidente da República perante o departamento de Polícia Federal, visando ao provimento de cargos em comissão e a exoneração de seus ocupantes". Aras não pediu autorização para tomar o depoimento de Bolsonaro neste momento.

Os documentos relacionados à exoneração de Valeixo também foram solicitados por Aras. O PGR quer comprovantes de autoria das assinaturas da exoneração publicada no Diário Oficial da União no último dia 23, além de eventual documento com solicitação de exoneração, a pedido, encaminhada por Valeixo ao presidente.

Ao anunciar sua saída do governo, Moro afirmou que não assinou a exoneração. No documento, o PGR requer que as diligências e o agendamento das audiências se dê em até cinco dias após a intimação dos citados.

Íntegra

Também na segunda, a defesa de Moro pediu a Celso de Mello que libere a íntegra do depoimento de mais de oito horas que o ex-juiz prestou na Superintendência da Polícia Federal, no sábado. A petição foi assinada pelo advogado Rodrigo Sanchez Rios, defensor de Moro no inquérito que apura as acusações do ex-juiz da Lava Jato contra Bolsonaro. O inquérito também apura se Moro cometeu comentou crime de prevaricação e denunciação caluniosa.

"Com intuito de evitar interpretações dissociadas de todo o contexto das declarações e garantindo o direito constitucional de informação integral dos fatos relevantes - todos eles de interesse público - objeto do presente Inquérito, não se opõe à publicidade dos atos praticados nestes autos, inclusive no tocante ao teor integral do depoimento prestado pelo requerente", afirmou o advogado.

Por meio de notas, a Casa Civil e Secretaria de Governo da Presidência da República informaram que não tinham sido notificadas oficialmente sobre o pedido de depoimento de Braga Netto, Heleno e Ramos até a conclusão da edição de terça-feira do jornal O Estado de S. Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

Relacionadas

Política
Imagem de destaque

PF investiga Jordy e Sóstenes Cavalcante por aluguel em locadora fantasma

Política
Imagem de destaque

Petroleiro é apreendido pelos EUA na Costa da Venezuela, dizem autoridades

Brasil e mundo

Moraes nega recurso de Bolsonaro contra condenação por trama golpista

Política

Lula espera que Senado vote indicação de Messias ao STF em 2026

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Homem tem órgãos genitais cortados com faca na zona rural de Londrina

Cidade
Londrina e região

Adolescente é morto a facadas em carro de aplicativo em Londrina

Cidade
Londrina e região

Homem de 45 anos é encontrado morto por familiares no Centro de Londrina

Cidade
Londrina e região

Justiça condena Prefeitura de Cambé a realizar obras no Recanto Rancho Ringo

Cidade
Londrina e região

Jovem de 18 anos morre ao bater motocicleta contra árvore em Rolândia

Podcasts

Podcast Arte do Sabor | EP 3 | Como comprar azeite Andorinha online?

Podcast Pod Fala com a Tai | EP 8 | A Jornada Empreendedora | Karol Moreira

Podcast Café Com Edu Granado | EP 43 | Disciplina e Superação | Junior Zampar

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.