Foi protocolado, na última sexta-feira (7), o pedido de reconhecimento do registro de Indicação Geográfica (IG)-, na modalidade Denominação de Origem (DO), para o Café da Serra de Apucarana. Com o selo, que reconhece a autenticidade e a qualidade dos grãos produzidos na cidade, a expectativa é agregar valor ao produto e atrair a atenção de compradores nacionais e internacionais. Hoje, a cidade é a quinta maior produtora de café do Paraná, com uma área cultivada de 1.100 hectares e uma produção anual de 2.376 toneladas.
A análise para a concessão da IG será feita pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável pela certificação. O depósito foi viabilizado com subsídio do programa Sebraetec, do Sebrae/PR, e recursos da Prefeitura Municipal de Apucarana, por meio da Associação dos Cafeicultores de Apucarana (Acap), e também contou com apoio do IDR-Paraná, que ofereceu suporte por meio de capacitações e estudos técnicos. O café da Denominação de Origem “Serra de Apucarana” é cultivado em altitudes entre 700 e 950 metros, em solo vulcânico, clima de chuvas regulares e ventos constantes, que influenciam nas características sensoriais.
A produção é realizada com mão de obra familiar, respeitando as leis trabalhistas, e usa sementes da própria região, com colheita cuidadosa. A bebida, feita a partir dos grãos, tem como características o sabor frutado – frutas amarelas e vermelhas -, com notas de melaço, além de uma acidez típica e equilibrada. Caso a IG seja concedida, poderão usar a Denominação de Origem os cafeicultores estabelecidos no território do município de Apucarana, respeitando-se os seus limites político-administrativos. A estimativa é que a cidade concentre 250 produtores de café.