De acordo com o Departamento de Análise da TF Agroeconômica, diversos fatores externos apontam para uma possível alta na demanda por exportações de milho brasileiro em 2025. Entre os elementos destacados estão a guerra comercial entre os EUA e a China, a redução da safra argentina e as restrições na Ucrânia, que podem eliminar concorrentes diretos do Brasil no mercado internacional. No mercado interno, o setor de carnes segue aquecido, com boas exportações, contribuindo para a manutenção de uma demanda robusta. Esses aspectos indicam um cenário favorável para os preços do milho a partir de março de 2025.
A recomendação para os produtores é vender a produção gradualmente, dividindo-a em lotes e aproveitando oportunidades baseadas na lucratividade. Atualmente, os preços pagos aos agricultores em estados como Rio Grande do Sul (R$ 66,00 por saca) e Paraná (R$ 60,00 por saca) refletem prejuízos de 2,93% e 13,07%, respectivamente, enquanto Santa Catarina registra lucro de 7,21% (R$ 74,00 por saca). Com custos médios de produção na faixa de R$ 69,02 por saca, a expectativa é de melhores oportunidades de venda apenas em 2025.
Entre os fatores de alta, destacam-se as exportações americanas acima do projetado pelo USDA, tensões na região do Mar Negro, redução na área plantada de milho na Argentina e a disputa interna entre exportadores e indústrias de carnes no Brasil. Já entre os fatores de baixa, estão as boas condições para a safra de verão na América do Sul, a valorização do dólar frente ao real e os altos preços do milho no mercado doméstico, que pressionam a indústria a buscar alternativas para mitigar custos.