Agro

Moagem de cana-de-açúcar atinge 44 mi/ton na primeira quinzena de maio

09 jun 2024 às 20:16

Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do País registrou pequeno aumento de 0,43% na primeira quinzena de maio frente ao mesmo período do ciclo passado: foram processadas 44,75 milhões de toneladas neste ano, contra 44,56 milhões em 2023. No acumulado do início da safra 2024/25 até 15 de maio, a moagem atingiu 95,42 milhões, ante 79,85 milhões de toneladas no mesmo período da safra 2023/2024 (+19,49%). Em relação à produção de açúcar, totalizou 2,57 milhões de toneladas nos primeiros quinze dias de maio, praticamente a mesma quantidade observada em igual quinzena na safra 2023/24 (2,54 milhões de toneladas). 


No acumulado desde o início da safra até 15 de maio de 2024, a fabricação do adoçante totalizou 5,13 milhões de toneladas, contra 4,08 milhões de toneladas do ciclo anterior. No mercado nordestino de açúcar, os preços estiveram estáveis no início de maio. No entanto, com o início da safra 2024/25 do Centro-Sul, alguns compradores optaram por adquirir o produto dessa região, principalmente em Goiás, o que resultou em queda nos preços na região nordestina no decorrer do mês. A demanda esteve retraída, e as negociações com açúcar estiveram em ritmo lento. 


Além disso, a oferta esteve restrita, e poucas usinas participaram do mercado interno, sendo que algumas delas flexibilizaram os valores. Em maio/24, o Indicador mensal do açúcar cristal CEPEA/ESALQ para Pernambuco foi de R$ 174,08/sc de 50 kg, baixa de 1,45% frente a abril/24, mas alta de 4,70% em relação a maio/23, em termos nominais. Em Alagoas, o Indicador mensal foi de R$ 176,51/sc, altas de 0,35% na comparação mensal e de 10,28% na anual, também em termos nominais. Na Paraíba, o Indicador mensal do cristal CEPEA/ESALQ foi de R$ 163,42/sc, queda de 0,98% em relação a abril/24, mas avanço de 4,12% na comparação anual.


No mercado internacional, o ritmo acelerado da colheita da cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil pressionou as cotações durante a primeira metade do mês. Por outro lado, os gargalos logísticos que o País enfrenta para o escoamento do açúcar até os portos deram suporte aos preços internacionais. Além disso, a depreciação do Real em relação ao dólar e o aumento das cotações do barril de petróleo bruto também influenciaram os valores externos do demerara. 


A partir segunda quinzena de maio, os valores despencaram, pressionados pelo ritmo intenso das exportações brasileiras de açúcar. Segundo a Secex, a média diária de embarques brasileiros de açúcar e melaço nas três primeiras semanas de maio foi de 134,204 mil toneladas, 22,6% acima da registrada em maio/23. Para a Trading Czarnikow, a produção mundial de açúcar na temporada 2024/25 será de 187,4 milhões de toneladas, a segunda maior da história, atrás apenas das 188,5 milhões de toneladas de 2017/18. Já na última semana de maio, os preços do demerara negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures) encerraram próximos da estabilidade.