A noite de quarta-feira (21) marcou o segundo dia consecutivo de manifestações em frente à casa de um idoso de 76 anos, no bairro Vila Yolanda, em Foz do Iguaçu. Ele é suspeito de maus-tratos e morte de cães na vizinhança. Os protestos começaram após o caso ganhar repercussão nas redes sociais, com um relato emocionado da veterinária Geovana, que vive ao lado do suspeito.
Moradora do bairro há cinco anos, Geovana afirma ter sofrido ameaças e perseguições desde que se mudou para o local. Segundo ela, o vizinho, identificado como José Vicente Tezza, já teria sabotado sua rotina e prejudicado sua convivência com os animais. A gota d’água foi a morte da cadelinha Lili, muito querida pelos moradores, ocorrida em março deste ano. Testemunhas relataram que o homem teria asfixiado o animal.
Comovida, Geovana fez um desabafo nas redes sociais que rapidamente viralizou, mobilizando a população e chamando a atenção das autoridades. Ela também acionou a Justiça, e o caso passou a ser investigado. José Vicente foi denunciado na última semana pelo Ministério Público por maus-tratos a animais. Em depoimento, ele admitiu já ter se “livrado” de vários cães.
A manifestação desta quarta-feira reuniu moradores inconformados com a situação e exigindo justiça. A indignação é ainda maior porque o homem já possui antecedentes. Em 1998, foi acusado de invadir a casa de um vizinho e matar a cadela da família a pauladas, mas foi condenado apenas por invasão domiciliar.
Geovana, que mantém uma clínica veterinária ao lado da casa do suspeito, teme que seu cachorro, o Ranter, seja atacado. Por isso, o mantém dentro da clínica, evitando deixá-lo no pátio, onde poderia ser vítima de agressões.
O escritório de advocacia que assinou a notificação extraoficial enviada para Geovana por conta das postagens nas redes sociais, afirmou que não representa o idoso, e só foi contrato para este ato. Nós seguimos à disposição para ouvi-ló, caso queira dar sua versão dos fatos.