A secretária de Assistência Social, Rose Vasselai, confirmou, em entrevista concedida à Tarobá no início desta semana, que o Centro POP será transferido do bairro de Santa Felicidade para o antigo CREAS Sul. O principal argumento para essa mudança é a distância da atual sede do Centro POP em relação à área central da cidade.
Pessoas que chegam de fora de Cascavel e precisam utilizar esse espaço muitas vezes não conseguem chegar dentro do horário de funcionamento, o que tem gerado cobranças por parte de órgãos públicos nesse sentido. O CREAS Sul foi construído com verbas do município e do estado, além de recursos dos Fundos da Criança e do Adolescente. Para a mudança, o Conselho da Criança e do Adolescente precisa aprovar uma alteração na finalidade do prédio.
A assistente social de Cascavel, Poliana Lauter, garantiu que o local do novo Centro POP ainda não está definido, mas destacou a necessidade de trazer o Centro POP para uma área mais centralizada, onde os moradores de rua acabam se concentrando.
Atualmente, o CREAS Sul é tratado como a principal alternativa de novo local para o Centro POP, embora ainda exista a possibilidade de locação de um novo prédio, que se encontra em aberto. Poliana Lauter também ressaltou que o perfil das pessoas atendidas pelo Centro POP tem mudado nos últimos anos.
Segundo ela, muitas famílias e idosos estão entre os atendidos, e destacou que, quanto mais rápido for o acolhimento, menores as chances de a pessoa permanecer em situação de rua por muito tempo.
A mudança do Centro POP para essa região, na esquina da Rua Riachuelo com a Rua da Bandeira, gerou uma forte mobilização da comunidade escolar.
A possível mudança do Centro POP de Santa Felicidade para um prédio nas imediações do Colégio Estadual Wilson Joffre e da Escola Municipal Glades Tibola tem gerado preocupação entre pais, alunos e moradores da região, principalmente no contexto de episódios de violência envolvendo moradores de rua em Cascavel.
Diante dos frequentes casos de violência envolvendo pessoas em situação de rua que utilizam os serviços do Centro POP, a comunidade escolar do Wilson Joffre organizou um abaixo-assinado solicitando que a prefeitura reveja a decisão. O principal argumento é a segurança dos estudantes, já que a área tem grande circulação de crianças.
Poliana Lauter completou, dizendo que entende as preocupações da população, mas destacou que a prefeitura irá analisar todas as possibilidades, salientando que quase ninguém gostaria de um Centro POP em uma região próxima à sua casa ou ao local de ensino que seus filhos frequentam. Ela afirmou que a pauta é delicada, mas que a prefeitura considerará toda e qualquer manifestação.