Mário Correa Faria Junior, ou apenas Marinho, foi eleito pela primeira vez vereador de Londrina com 1990 votos pelo MBD. Grande parte dos votantes são do Jardim Bandeirantes, na zona oeste, onde morou durante a vida toda e presidiu nos últimos seis anos a maior associação de moradores da cidade.
Há 26 anos é servidor público. Nos últimos 14 atuou como policial penal e diz que uma das tarefas que aprendeu foi a fiscalizar. “Eu não quero ser aquele vereador que fica no gabinete, olhando as planilhas. Quero conhecer as estruturas dos serviços públicos da nossa cidade, ver o que eu posso contribuir. Conversar com usuário, o paciente, o aluno e com o servidor público e fazer um diagnóstico. É contribuir para saber onde a gente precisa investir, para que a gente possa otimizar os recursos públicos”, aponta.
Mas antes das demandas do futuro cargo, Marinho tem uma tarefa presente a cumprir. Defender-se de uma ação oferecida pelo Ministério Público por improbidade administrativa no âmbito Operação Quadro Negro, que apura desvios de recursos públicos na construção, reforma ou ampliação de escolas estaduais.
Segundo a investigação, Marinho e o pai, ex-sócio na Masconi Empreendimentos Imobiliários LTDA, são citados na delação premiada de Mauricio Fanini, ex-diretor de Secretaria de Educação do governo Beto Richa por fraudes em uma escola em Iretama, na região Oeste.
Marinho se defende. “Acredito que Fanini esteja tentando uma redução da pena e protelar o processo. A empresa do meu pai quebrou por falta de pagamento na gestão Beto Richa. Primeiro, eu não estou no processo pois eu não estava mais na empresa; segundo, o MP apurou que as empresa pagavam propina para receber antecipadamente o pagamento de obras que não tinham sido executadas. No nosso caso, não recebíamos os pagamentos”.
Ele também nega que teria se encontrado por 19 vezes com o ex-diretor de Secretaria de Educação do Governo Beto Richa, com aponta MP, entre 2012 e 2014. “Eu não abro mão dos meus valores de combate à corrupção”.
Entre as bandeiras para o mandato, estão a geração de emprego e a inclusão das pessoas com deficiência. “Quero conversar com os vereadores e criar a Comissão permanente da Pessoa com Deficiência. Temos que trabalhar a inclusão. Muitas praças têm parquinhos, mas quantas têm brinquedos para crianças especiais? Podemos formar um grande grupo de trabalho na questão do lazer, da acessibilidade”.