Política

Governo reconhece gravidade de denúncias contra ministro Silvio Almeida

06 set 2024 às 08:51

O governo federal reconheceu a gravida das denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida e trata o caso com rigor e celeridade.


O presidente Lula já debateu com ministros mais próximos e ainda avalia qual caminho seguir diante das acusações contra Silvio Almeida. Ele deve conversar também com a ministra Anielle Franco nas próximas horas. 


O planalto informou na noite desta quinta-feira (5) que o ministro foi chamado a prestar esclarecimentos. Internamente, a avaliação é de que a situação é muito sensível. A Comissão de Ética da presidência abriu de ofício um procedimento de apuração.





Entenda


O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, é alvo de denúncias de assédio sexual. A informação foi confirmada pela organização Me Too, que defende vítimas de violência sexual.


Em nota, a ONG informou, com o consentimento das denunciantes, que o ministro dos direitos humanos foi sim alvo de acusações. O número de vítimas não foi confirmado e nenhuma delas foi identificada.


A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também teria sido um dos alvos. A equipe de Anielle não se pronunciou e nem a do ministro Silvio Almeida que deve se reunir com o presidente lula antes de se manifestar.


A reportagem do Jornal da Band procurou a Controladoria Geral da União, responsável por lidar com casos de assédio no serviço público. A resposta foi que não há denúncia, e que a controladoria não investiga ministros.



Ministro se pronuncia


Em nota divulgada na noite desta quinta-feira (5), o ministro Silvio Almeida repudiou as acusações e as classificou como mentiras. 


“Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício”, disse.