Todos os locais
Todos os locais
Política

MDB tenta colar Meirelles em plano eleitoral de Temer

24 mar 2018 às 07:20
Por: Estadão Conteúdo
Foto: Poder 360 -

Depois de confirmar que será candidato a novo mandato, o presidente Michel Temer levou nesta sexta-feira, 23, a tiracolo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em um giro pelo Nordeste. A cúpula do MDB quer que Meirelles se filie ao partido e permaneça como uma espécie de "plano B" para o caso de Temer não conseguir viabilizar sua candidatura e desistir de entrar no páreo. Se o presidente não recuar, porém, o MDB avalia que Meirelles pode ser vice na chapa.

O ministro quer concorrer à Presidência, mas enfrenta dificuldades para pôr de pé seu projeto eleitoral. Filiado ao PSD, Meirelles não tem apoio de sua própria legenda - que negocia com o PSDB do governador e presidenciável Geraldo Alckmin - e não obteve garantia de candidatura em partidos menores, como PRB, PSC e PHS. Até agora, ele tem dito que não será vice de ninguém. "O próprio presidente reclamava de ser vice", afirmou o titular da Fazenda, em conversa reservada. Ao jornal O Estado de S. Paulo, Meirelles disse que nada está definido. "No início de abril, vou tomar a decisão se fico no Ministério da Fazenda ou saio para disputar a eleição e, neste caso, por qual partido."

O blog BR18, do Grupo Estado, antecipou no domingo que Temer já havia decidido disputar a reeleição, apesar dos baixos índices de aprovação do seu governo e da sua impopularidade. Em entrevista à IstoÉ desta semana, o presidente assumiu a candidatura. "Seria uma covardia não ser candidato", afirmou ele à revista. "Se eu não tiver uma tribuna, o que vai acontecer é que os candidatos sairão e vão me bater."

Disposto a manter Meirelles sob sua órbita, Temer fez nesta sexta vários afagos ao comandante da economia. Os dois passaram o dia juntos cumprindo agenda oficial, mas em ritmo e estilo de campanha no Nordeste. Foram a Xique-Xique, na Bahia, a Petrolina e a Goiana, em Pernambuco.

Embora em discurso tenham trocado elogios, Temer e Meirelles quase não se falaram durante a cerimônia na fábrica do grupo Fiat-Chrysler Automobiles (FCA), na região metropolitana do Recife. Sentados lado a lado, aparentando cansaço pela extensa jornada, eles pouco trocaram palavras.

Outras notícias

AGU: YouTube deve retirar vídeos desinformativos sobre saúde de Lula

Ex-ministro Braga Netto é preso por participação em plano golpista

CCJ da Câmara aprova projeto de lei do voto impresso; veja o voto dos deputados

Meirelles citou Temer quatro vezes no discurso e fez veemente defesa das políticas sociais e econômicas do governo. Afirmou, por exemplo, que uma decisão de Temer foi fundamental: a liberação do saldo de contas inativas do FGTS, que, segundo dados oficiais, injetou R$ 40 bilhões na economia.

Mote

"Vamos em frente porque agora sim, desta vez, o Brasil vai para a frente", afirmou o ministro. Meirelles definiu Temer como um "líder nacional" que desenvolveu "uma série impressionante de reformas" no País. Afirmou, ainda, que o governo prioriza os programas sociais, com reajustes do Bolsa Família. "O melhor programa social é a crença no emprego", disse, usando mote de sua pré-campanha.

Temer, por sua vez, passou o dia enaltecendo o titular da Fazenda. Em Xique-Xique, por exemplo, chamou-o de "nosso Henrique Meirelles". Animado com a receptividade, durante inauguração de um projeto de irrigação, pediu aos seguranças que retirassem as grades que o separavam do público. "O Meirelles fez todo o esforço lá na Fazenda (...). Eu e o Meirelles podemos a esta altura patrocinar a queda do veto para que a micro e pequena empresa tenham a possibilidade de refinanciar os seus débitos", afirmou Temer.

Nos bastidores, dirigentes de partidos aliados têm receio de que uma eventual candidatura do presidente contamine as campanhas nos Estados, em razão de sua impopularidade. Muitos avaliam que, se em meados de julho o seu desempenho não melhorar, ele não disputará.

Embora o destino político de Meirelles ainda seja incerto, alguns amigos o aconselham a correr o risco de se filiar ao MDB. A direção do PRB sinalizou a Meirelles que iniciou conversas sobre uma possível candidatura ao Planalto com o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo. Presidente do PSC, o pastor Everaldo Pereira também disse que o partido não tem como dar legenda para Meirelles concorrer. "Nosso candidato é Paulo Rabello (de Castro)", afirmou, em referência ao presidente do BNDES. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

Relacionadas

Política
Imagem de destaque

Câmara aprova fim da cobrança de roaming entre países do Mercosul

Política
Imagem de destaque

Câmara aprova projeto que considera hediondo homicídio de idoso

Política

Deputado Ney Leprevost é eleito presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação

Política

Lula continua na UTI, tirou dreno da cabeça, está lúcido e orientado, diz boletim

Mais Lidas

Cidade
Londrina e região

Mulher invade motel e afirma ter matado o marido; funcionários ficam assustados

Cidade
Londrina e região

Operação na ADA encontra carcaça de animal no terreno; presidente é encaminhada à delegacia

Cidade
Londrina e região

Corpo em avançado estado decomposição é encontrado em mata na zona oeste de Londrina

Cidade
Londrina e região

Futebol solidário reúne grande público e famosos no Estádio do Café

Cidade
Londrina e região

Imóvel do antigo Planet Shopping, na zona norte de Londrina, começa a ser demolido

Podcasts

FIIL
Imagem de destaque

Tarobá transmite podcast ao vivo durante Festival Internacional de Inovação de Londrina

TURISMO

Podcast A Hora do Café - EP4 - Fernanda Corrêa da Rota do Café

A HORA DO CAFÉ

Podcast A Hora do Café - EP3 - Cris Malauz barista e empreendedora

Tarobá © 2024 - Todos os direitos reservados.