Os ataques de abelhas geralmente crescem durante a primavera e o verão. Dependendo da quantidade de picadas, a vítima pode até morrer. Esses insetos são essenciais para a biodiversidade do planeta. Elas polinizam, ou seja, ajudam na reprodução das plantas.
Estima-se que garantem a existência de 75% dos alimentos que consumimos. Mas, em contrapartida, a ação do homem provocando o aquecimento do planeta está impactando na vida desses insetos.
E como resultado, o próprio homem sofre cada vez mais ataques. O biólogo Henrique Paprocki, da PUC de Minas Gerais, explica que, com o calor excessivo, as abelhas se agitam e as colmeias se tornam mais populosas. Isso colabora para o aumento de acidentes envolvendo abelhas.
“A colmeia, na biologia, chamamos de um superorganismo e quando ela vai chegando nessa época do ano, ela está se preparando para formar outros desses superorganismos. Ela já vem com novas rainhas, que vão sair e levar parte dessa colmeia para outro lugar. Essa mudança faz com que elas fiquem mais expostas, vulneráveis e até mais agressivas”, disse o biólogo.
Segundo o Ministério da Saúde, nos primeiros seis meses de 2023, foram registrados 1.802 atendimentos por ataques de abelhas. Durante todo o ano de 2022 foram 2.850 registros. As abelhas que atacam são as que produzem mel, de origem híbrida, uma mistura da africana com europeia.
Dependendo da quantidade de picadas, uma pessoa atacada por abelhas pode morrer, principalmente se for alérgica. Ao avistar um enxame, é preciso tomar cuidado.
“Evitar vibrações, barulhos e odores próximos a essas colmeias. Não conseguindo evitar, sendo atacado, o mais correto a se fazer é tentar fugir daquele local e procurar um local seguro. A gente compartilha o mundo com animais e elas são essenciais para o meio ambiente”, destacou André Elias dos Santos, capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo.