O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (17), por 267 votos favoráveis e 116 contrários, o Projeto de Lei 2159/2021, que moderniza e padroniza o licenciamento ambiental no Brasil. A proposta vai agora à sanção presidencial. A proposta, que tramitava ha 21 anos, busca combater os entraves burocráticos que hoje travam a infraestrutura essencial do Brasil.
O texto recebeu amplo apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e foi relatado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) no Senado e pelo deputado Zé Vitor (PL-MG) na Câmara. Para ser aprovado, o projeto foi alterado e agora, propõe um marco legal que equilibra o desenvolvimento sustentável com previsibilidade e segurança jurídica nos processos de licenciamento.
Segundo o relator Zé Vitor, coordenador político da FPA, as emendas do Senado Federal contribuíram significativamente para aprimorar o texto final aprovado na Câmara. “Buscamos estabelecer regras claras e objetivas para o licenciamento ambiental. O amplo debate com todos os setores envolvidos proporcionou um diálogo construtivo, resultando em um texto equilibrado, voltado ao desenvolvimento sustentável do país. O Brasil certamente colherá os frutos dessa importante conquista”, afirmou.
O projeto define com mais clareza as etapas do licenciamento, os tipos de licença, os estudos ambientais exigidos, os mecanismos de participação pública e os critérios para tomada de decisão.
“O licenciamento ambiental é um instrumento de gestão de risco. Quanto maior o potencial de impacto, mais rigorosos são os estudos exigidos. O que fizemos foi racionalizar esse regramento e torná-lo mais eficiente”, destacou o deputado. Zé Vitor ressaltou ainda que a nova legislação trará mais eficiência, prazos definidos, regras modernas e compatíveis com a tecnologia e as necessidades do país.
O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), também comemorou a aprovação da nova Lei Geral de Licenciamento Ambiental e a classificou como um marco histórico para o setor agropecuário. “Mais uma vitória importante — não apenas da FPA, mas do Brasil. A racionalização do sistema de licenciamento ambiental é essencial para destravar o desenvolvimento, gerar empregos e atrair investimentos, sem prejuízo à proteção ambiental.”